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  • 17/05/2018 12:50

    Vocação. Está é a palavra- chave para quem quer seguir a área da Pedagogia. Isso porque o profissional desse campo precisa gostar de lidar com crianças, jovens, adultos, ser compreensivo e estudioso. Além disso, o trabalho do professor não se encerra na sala de aula. O pedagogo está sempre levando tarefas para casa, pois precisa elaborar as aulas, corrigir os cadernos dos alunos, confeccionar e corrigir provas, tirar médias.

    O pedagogo também precisa gostar de ler, de estudar e se atualizar sempre. Comprar livros. Ir ao teatro, cinema e estar sempre atualizado. A graduação em Pedagogia tem duração de quatro anos e, em geral, tem aulas em meio período. Nos primeiros anos do curso, os alunos aprendem disciplinas como História da Educação, Metodologia e Sociologia da Educação.

    Já nos anos seguintes, há disciplinas que ensinam prática de aulas em diversas áreas como Matemática, Português, Ciência, História, Geografia, Artes e Educação Física. Há também matérias como Gestão, Políticas Educacionais, Fundamentos de Inclusão Social e Educação de Jovens e Adultos. Depois fazemos Especialização de pós Graduação, Mestrado e Doutorado. Portanto, o professor tem capacidade de pensamento crítico e, indiscutível instrução, para entender, avaliar e perceber todas as questões sociais, políticas e educacionais do País, dos estados e Municípios.

    No município de Petrópolis, durante anos, vários prefeitos deram ênfase ao crescimento da educação. Cursos de Capacitação, Convênio parcial e integral nas faculdades para professores da Rede Municipal, curso de especialização, Seminário, congressos ( Quem não se lembra do Pró-Educ?) para formar com excelência o profissional da educação da nossa cidade.

    Passamos anos, nos bancos escolares, nos preparando com comprometimento e vocação. Deixamos nossas famílias: Pais, filhos, irmãos, marido, namorados, companheiros, todos sempre cúmplices do nosso sonho e objetivo, além de extremamente compreensivos conosco em relação a nossa ausência permanente da rotina diária familiar. Praticamente não vimos nossos filhos crescerem. Todo o sacrifício se justificava na esperança de obter segurança, valorização, respeito e reconhecimento profissional.

    Muitos anos depois de magistério municipal, através de muito esforço e luta, conquistamos o tão sonhado PCCS da educação. Foi uma grande vitória para toda a classe docente, já tão sofrida. Foi um bálsamo e uma alegria ver nosso esforço de anos ali reconhecido.

    Hoje vivemos tempos difíceis na educação a nível nacional, Estadual e Municipal. É um grande desafio para os nossos atuais governantes administrar essas adversidades. Porém, não é impossível. Tivemos grandes perdas salariais. Nosso PCCS está congelados, nem todos os profissionais foram enquadrados e quem foi, está com os benefícios congelados: quinquênios, triênios, gratificações. Nossa hora extra, por exemplo, despencou de R$ 2.500,00 para R$ 919,00 sem aviso prévio e, sem planejamento. Tudo aconteceu no mesmo mês. Tínhamos um padrão de vida estabilizado e organizado por trabalhar muito e hoje o profissional da educação, luta com dificuldades para sobreviver e, manter as contas básicas do mês!!! Quem não tem renda extra, fora da educação, passa aperto mesmo. Lutamos para pagar empréstimos consignados antes com margem de crédito contando a hora extra que hoje não temos, Lutamos para Essa é a realidade. Tempos modernos. Tempos difíceis! Economia e educação são eternas inimigas. Não combinam! Fica esse desabafo e esse convite à reflexão de todos nós, de todos os leitores, na esperança de um futuro melhor para todos nós da educação, para toda a comunidade escolar e principalmente para todos os professores, enfim.

    bebelpercia@68gmail.com

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