• Ebenézer Anselmo Da Academia Evangélica de Letras do Brasil.

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  • 27/04/2016 12:00

    A presidente Dilma Rousseff vem assumindo temerariamente a tese do golpe, que o impeachment é golpe, idéia que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, estranhamente vem defendendo,  já há algum tempo,  como comentou na 3ª feira passada o excelente jornalista Merval Pereira na sua coluna. Nas últimas três semanas a presidente foi a TV várias vezes para dizer que estaria sofrendo um golpe. Todos os deputados do PT e aliados falaram o tempo todo num golpe, e só falam nisso, exaustivamente. Este posicionamento da presidente, do PT, de Cardoso e aliados é uma ameaça grave à democracia, pois, materializa  uma acusação oficial do governo à oposição, pondo em prática a  técnica nazista que diz que “de tanto repetir uma  mentira ela acaba sendo aceita como verdade”, como ensinava Goebbels. Tanto Dilma, quanto Cardoso e todos os partidos aliados ao governo estão usando esta técnica e pensam que, com tal alegação, vão acabar ganhando a permanência de Dilma na presidência. Com certeza não conseguirão.

    Especialistas afirmam que os requisitos previstos para o uso do AGU para defesa de agentes públicos são rigorosos e merecem interpretação restritiva, em obediência ao artigo 37 da Constituição, que trata dos princípios, entre outros, “da legalidade e impessoalidade” da administração pública, e a lei 8.429/92. Também a lei do Impeachment  não prevê a possibilidade de o Estado atuar em defesa de um presidente da República , ou de  qualquer agente público ali arrolado. A lei supõe que o denunciado deve se defender com advogado próprio e privado. Como foi no impeachment  de Collor.

    De um modo espantoso, Dilma, sua quadrilha e seguidores distorcem a verdade e defendem mentiras. Seria o caso de perguntar se também são golpistas os 6 milhões de eleitores que foram às ruas pedir a saída de Dilma. Ou se também são golpistas os 367 deputados que votaram pelo afastamento da presidente. Foram mais de 70% da câmara de deputados  e 68% dos eleitores, segundo as últimas pesquisas.

    Ouvimos com frequência que somos um povo desinformado e que não lê jornais e nem assiste noticiários. Pouco entendemos de política, de partidos, de ideologias e de quase tudo que nos cerca nos dias de hoje. Ficamos presos no nosso mundinho, alheio a realidade nacional e internacional. E nas eleições votamos mal porque escolhemos mal. Muitos vendem o voto por uma garrafa de cerveja, outros por dois galões de tinta. Pouco se importam com o partido, a idoneidade ou o preparo do candidato. Se você questiona, respondem “que todos são iguais”, ou que “êste cara é muito simpático e legal”. São estes os valores que devemos considerar? Procuramos saber se o candidato é honesto, tem caráter, é trabalhador? Não, poucos se informam, poucos querem saber qual o partido do candidato. Poucos sabem qual o programa do partido escolhido. Poucos querem saber o que é democracia, parlamentarismo, comunismo, socialismo, etc. Mas, votam. E quase sempre escolhem mal. E por isso sempre se arrependem.

    É preciso mudar, pesquisar. Vá à biblioteca municipal. Leia, leia muito. Leia jornais,  revistas, pesquise na Internet, seja consciente. Não aceite sugestões, chegue às suas conclusões pessoais. A verdade não é a dele, nem a tua, nem a minha. Leia a favor, leia contra, e então, tire as suas conclusões pessoais. A verdade é a sua conclusão pessoal, encontrada depois de ler a verdade deles e a sua. Se fizer isso, meu amigo, você jamais votará num petista.

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