“É uma situação humilhante”, diz vereador sobre quebra dos carros da Câmara

Enquanto os pobres mortais sofrem com ônibus insuficientes, lotados e quebrando a toda hora e uma tarifa hoje a R$ 4,95, os vereadores reclamam que também passam suas agruras. O vereador Gil Magno reclamou na sessão (nem se preocupou em falar em particular) que é preciso o presidente da Câmara, Hingo Hammes, ‘resolver’ o problema da frota quer serve aos vereadores. “Estamos passando perigo, risco grande de vida, transitando em carros sem condições. A empresa que faz manutenção não é satisfatória e os carros são ferramenta de trabalho imprescindível.

 “Situação constrangedora”

“Estamos em uma situação quase humilhante. Conserta num dia e quebra no outro. É constrangedor demais”,  disse Gil. Ô vereador, se serve de consolo: humilhante é o trabalhador e o estudante estarem de pé em ônibus lotados ou esperar condução por mais de duas horas debaixo de sol e chuva e quando consegue entrar no coletivo ir igual sardinha em lata pro trabalho ou pra casa.  

Desafio para Gil

Disse Hingo Hammes que suspendeu licitações de compra e de aluguel de carros porque os valores estavam altos, mas que vai abrir novas concorrências.  Já Gil disse que vai fazer uma nota de repúdio contra a empresa de manutenção dos carros. Sobre os ônibus ele não falou nada, não.  Mas a gente desafia Gil em nome dos usuários de ônibus: que ele faça uma viagem do Centro a Posse ou do Centro ao Alto Independência.  Tipo às 7h da matina ou às 19h.

Plano

E Petrópolis que tinha um Plano de Contingência da Assistência Social – aprovado pelo Conselho – desde 2020?  Porque não o usaram como manual na tragédia de 15 de fevereiro e que não se sabe. Talvez seja porque o tal plano é básico, bem básico. O documento fala em linhas gerais apenas e não estabelece uma diretriz operacional pra valer. De qualquer forma, vale perguntar porque ele não avançou em um documento mais esmiuçado.

Consequência

E o PT ventilar lançar candidato próprio ao governo do estado ao invés de apoiar Marcelo Freixo, do PSB – que anda mal nas pesquisas – vai ter consequência em Petrópolis. Yuri Moura que fez as pazes com Bomtempo e iria surfar nas ondas de Freixo como candidato a deputado sofreu o baque já.  Depois que saiu do PT não é tão querido assim na legenda e pode deixar de ser o ‘candidato da esquerda’ em Petrópolis.

Superman

A fantasia de Jamil Sabrá, presidente da CPTrans, na festa da irmã, Sabrina, deu uma levantada no astral do político. Os dias andam nublados para Jamil depois de aberto um procedimento sobre a legalidade de sua posse no cargo na CPTrans e depois que teve que receber de volta, o rodoviário Henrique Laranja por pressão de vereadores. Ele tinha sido demitido de um cargo em comissão na companhia.

Impressionante

Para vocês não dizerem depois que somos maldosos, que a gente fala demais e coisa e tal. Vamos deixar o link de uma das últimas sessões da Câmara de Vereadores. Notem a baixa presença e o excesso de piadas, risadas e tudo o mais. Em outras épocas seria falta de decoro essa sessão que parece uma aula de turma de quinta série.

Bota um despertador!

O presidente da Câmara de Vereadores, Hingo Hammes, disse que está levantando estratégias para reverter a tarifa de ônibus a R$ 4,95 que entrou em vigor domingo. Tá meio atrasado, não? Dava para impedir antes mesmo da votação no Conselho Municipal de Trânsito.

Virando onça

O deputado estadual Marcus Vinicius, ex-Neskau, ficou por aqui com os Partisans porque a gente mencionou o nome dele e a operação Furna da Onça. Ele diz que a ‘justiça reconheceu a arbitrariedade da sua prisão e que o processo no Tribunal Regional Federal, por conta dos abusos cometidos, foi anulado. E que ele não é mais réu, está em liberdade e exerce seu mandato democraticamente’. Ele pede para que a coluna informe plenamente seus leitores.

Informação plena

Então, vamos lá: para quem não lembra, a Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato prendeu em 2018, dez deputados estaduais, entre eles Neskau, acusados de receberem um mensalinho do ex-governador Sergio Cabral para votar a favor de projetos de interesse do governo. A prisão ocorreu um mês depois de Neskau ter sido reeleito e depois de quase 11 meses de reclusão em Bangu 8, ele foi libertado. Os deputados tomaram posse na prisão e assumiram os mandatos no final de maio de 2020 depois que a Alerj decidiu, em plenário, soltar os parlamentares, após a ministra Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, entender que era responsabilidade da casa legislativa soltar ou manter os políticos presos e o processo no TRF ser suspenso.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br