E por falar em gratidão
Ingratidão e inveja são palavras que não deveriam existir. Por isso mesmo desejo falar de seres angelicais motivo pelo qual me reporto a Anselm Grün, Sacerdote Beneditino nascido na Alemanha. Culto e virtuoso é renomado escritor e autor de diversas obras de relevo internacional. Um de seus livros é intitulado “Cada pessoa tem um anjo”. Peço licença ao querido pastor em Cristo através de Maria para lhe dizer que vários eu tenho. A começar por meus pais, minha “mãe de leite”, as catequistas, que me despertaram a atenção pela Recitação do Sagrado Terço. Um Anjo tocou ao tio Acácio para estar exatamente à hora em que fui atropelado por um automóvel. Eu tinha 4 anos. Minhas professoras primárias Geny, Sebastiana, Alice, Sylvia e Philadelphia, os padres que me prepararam aos caminhos da fé Cônego Ferdinando Osimani e Geraldo João Lima. Foram meus anjos. Aqui em Petrópolis a tia Geraldina foi um anjo em nossa vida. Meus professores da U.C.P. a exemplo do Professor Araçari. Transcorria a década de 70, estudos, lutas, sonhos e expectativa. Se hoje a vida está difícil imaginemos o início de uma carreira? Pois bem. O Professor Araçari de quem eu era aluno da cadeira de Direito Financeiro, matéria familiar a mim que trabalhava na área contábil curso esse por mim concluído em 1967, no Colégio Ruy Barbosa, em Três Rios foi desses Anjos Tocheiros em minha vida. Nesse ínterim fins de 72/73 eu já fazia escriturações em casa. Uma saga. O colega, isto é, mais um anjo, Raymundo me delegava diversas empresas para providenciar lançamentos, balanços e etc. Pela manhã eu trabalhava numa gráfica que se chamava “Vitória” firma essa de propriedade dos irmãos Peixoto, José Joaquim e Feliciano, outros anjos. Pela manhã eu chegava à gráfica providenciava as notas fiscais e demais lançamentos. E o professor Araçari era cliente dessa gráfica. E por me conhecer como seu aluno um dia me disse: “Tenho uma sala à Avenida Imperador, número 528. Gostaria de trabalhar comigo?” Eu já possuía escrita, estava a terminar a Faculdade de Direito de pronto lhe disse “sim!” Levei a pasta de clientes e lá ficamos. O movimento era pequeno e as despesas diversas. Decorridos seis meses o mestre me disse: “Fernando não desejo insistir no prosseguimento do escritório por falta de movimento, você deseja continuar?” É bom frisar que o professor Araçari além de professor na Universidade era Auditor Fiscal Federal, homem realizado que realmente não merecia o estresse da época, mais ou menos o que ocorre hoje no País. Eu não hesitei em lhe responder. Aceitei o desafio. Chamei o meu colega Célio Barbosa que me preparou para o vestibular e estava a se formar em Direito naquele ano e trouxe para nosso grupo minha irmã Elizabeth com quem estamos até hoje e para sempre. Anos se passaram e se juntaram a nós a irmã Ana Luzia e a sobrinha Carla hoje advogada. Ao completarmos os 44 anos de ininterruptas atividades em nosso escritório os eflúvios da gratidão aos nossos clientes, amigos, equipe e, ao anjo e professor Araçari que espargiu sua luz intensa e constante em nossa vida, nos ensinou por ser mestre, acolheu como amigo e nos protegeu como se pai fosse. Desejo através da pessoa de sua esposa Laurita Zorron Cavalcanti e de seus filhos Heitor e Ricardo, externar o nosso carinho e constantes orações na certeza de que devemos acreditar que toda pessoa tem um anjo, como foi e continua sendo para nós o professor Araçari Leite Cavalcanti.