• É aí que a porca torce o rabo

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  • 20/01/2017 12:00

    Enquanto o cidadão comum não tiver o direito de ir e vir ou de abrir seu comércio, dependendo de autorização de traficantes, como ocorre no Rio, pelo segundo dia, no bairro da Lapa; – quando um governador, para tentar contornar a rebelião de um presídio tiver que negociar com os traficantes da unidade para transferir detentos; – quando uma prefeitura precisa de autorização de traficantes para levar benfeitorias a uma comunidade, como é normal no Rio; – quando um simples chamado de socorro para quem está em perigo de vida não puder entrar numa comunidade por impedimento dos traficantes; – quando tudo isto se multiplica por vários estados e centenas de municípios e se torna uma situação comum  – nenhuma medida terá sucesso, tudo será somente paliativo para dar satisfação à sociedade.

    Atitudes de “joão-sem-braço” ou medidas de “cerca-lourenço” para empurrar com a barriga e camuflar toda indiferença e incompetência das atuações públicas, nada resulta em eficácia. Já diz um velho ditado que “quem não tem competência que não se estabeleça” e nossos políticos, de um  modo geral, querem se mostrar eficientes nas promessas mas sempre totalmente incompetentes e insipientes na prática, em gestões coletivas, pois só querem aparecer e defender sua figura para usufruir de benesses, indiferentes da má fama que acarretam, de denegrir seus nomes – o que pouco lhes importa. 

    A austeridade é o principal recurso para se impor com determinação e se as leis não permitem, que sejam modificadas com a urgência necessária para que possam defender uma população pacífica ao invés de proteger bandidos e marginais, por inércia e covardia.

    O cidadão de bem não agüenta mais tanta irresponsabilidade quando um presidente, autoridade máxima do país, se acovarda, declarando e confessando publicamente seu medo, com argumentos frágeis, diante da necessária e justa prisão do político  mais corrupto, saqueador dos bens públicos e comandante mor duma facção criminosa oficializada – torna-se, portanto,  desanimador e carente de confiança em tudo o mais.

    É lamentável e nada se resolverá com qualquer desses políticos que aí estão sem a necessária austeridade pois tudo na vida tem que se colocar um freio, um limite, para que a baderna não prolifere como vem ocorrendo desde a entrega do governo aos civis incompetentes. De nada adianta lamentar o leite derramado, mas sinto muita saudade do eficiente e determinado governador do então estado da Guanabara,  o esquecido e desprezado Carlos Lacerda. – um exemplo de austeridade e administrador por excelência.

    jrobertogullino@gmail.com


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