E agora, Rio?
O Rio é uma cidade livre, cosmopolita, criativa, bem-humorada, irreverente, alegre e “antenada” com tudo que acontece pelo mundo. Basta dizer que é a Cidade Maravilhosa e a capital cultural do Brasil. O sucesso para ser completo é auferido pelo termômetro denominado Rio de Janeiro. Agora se vê numa encruzilhada. Há possibilidade de ser administrada por um “bispo” de uma instituição religiosa em claro conflito, salvo engano, dogmático e conservador. Não tenho nada contra e nem a favor dos candidatos, mas, o atavismo me amedronta e dele tenho receio. Não pode imiscuir o reino de Deus com a administração do reino da terra. Como conviverá numa população independente, extrovertida, alegre, despida de preconceitos e de antolhos? E agora eleitores principalmente aos que votaram nulo, em branco ou se abstiveram de sufragar o seu voto em primeiro turno? O que fazer? Claro que devemos respeitar a liberdade individual, o direito inerente à criatura humana. Intolerância religiosa, nem pensar. O Rio e de resto todos nós merecemos viver numa comunidade igualitária, segura e humana. Longe de doutrinas autoritárias. Devemos primar em primeiro plano pelo estado democrático de direito, exercício da democracia, liberdade de expressão, de pensamento e nos afastarmos das ideologias que nos levem à escuridão e que nos ensurdeçam. É preciso que haja uma liderança isenta de idiossincrasia infundada e desmedida. Ela não deve comprometer moralmente e nem politicamente. A população carioca é singular. O chefe do executivo municipal de uma cidade do porte do Rio de Janeiro merece que a administre e dela sejam banidas a corrupção e os desmandos. Não deverá medir esforços em acabar com a pobreza, possibilitando a educação, a saúde e a escola aos seus munícipes. Dois cidadãos disputam o pódio em segundo turno. É hora eleitores de refletirem e, sobretudo os indecisos hão de aprovar o seu voto àquele que melhor julgar e que possa abraçar a árdua e nobre missão. Estamos convictos de que “o poder não se esgota no poder.” A eleição deve responder aos anseios da democracia que é do povo, para o povo e pelo bem do povo. A cidade do Rio de Janeiro não é submissa e seja qual for o seu timoneiro esse deverá estar despido do de autoritarismo e há de primar pelo respeito à cultura desse povo, a tradição e o seu rico folclore onde o temperamento é alegre e repleto de Fé. Ai de quem tocar um dedo em seu padroeiro São Sebastião e em São Jorge, não queira punir os cariocas do carnaval, das escolas de samba, futebol, festivais e do chope ao cair da tarde e o fazem sem alarde, no entanto, livres como as gaivotas que riscam os céus do Arpoador quando o sol se despede e dá lugar ao luar resplandecente a iluminar o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e se desfaz nas ondas do mar…