Dúvida: emprego ou segurança?

Este jornal abre espaço para que externemos nossa opinião sobre os mais variados temas e lamento que não seja maior mas também, que mais leitores pudessem participar com seus comentários e opiniões. São os parâmetros da vida sempre necessários em quaisquer circunstâncias. Por isto aplaudo todos que participam com assuntos atuais de suma importância, ou antigos e criativos que espelham  saudade e memória. É um termômetro de opinião, mais real que qualquer “ibope da vida”, sempre fantasiosos. A muitos gostaria de cumprimentar  mas raros os que colocam endereço e desta vez tenho que faze-lo por esta via ao sr. Paulo César de Souza por seu artigo do dia 19, “Que país é este?” O grave neste ponto é que os vereadores e nem seus inúmeros assessores lêem tais crônicas como comprovei pessoalmente no fim do ano passado, junto ao assessor do presidente Igor.

Portanto, recorrendo aos inquestionáveis parâmetros, pergunto aos nossos “preclaros” políticos, sempre “fazedores” de leis de efeitos duvidosos dizendo serem para “atender aos anseios do povo” – afinal, de onde “ouvem” e que anseios são estes? Pergunto qual seria o mais urgente e grave  – a reforma trabalhista de efeito duvidoso para o trabalhador ou a segurança geral deles e de suas famílias, coibindo tanta violência? E não me venham dizer que é produto do desemprego porque bandido é bandido mesmo com emprego fixo. E tais desempregados, de alguma forma estão encontrando um meio de sobrevivência, mesmo a duras penas, mas ficam sem tal chance de sobrevivência as milhares de mortes provocadas pela violência.

Apregoavam que a CLT era caduca, da década de 40 quando, em recente crônica, mostrei que é de ´60 pelas modificações sofridas, portanto, a grave situação não é em função da CLT mas do mercado que não agüenta mais com a carga tributária – quiçá, a maior do mundo. Mas tantos impostos são imprescindível para sustentar os políticos e, quem sabe se não serão os maior devedores de impostos que conseguem perdão de dívidas junto ao governo para, lá na frente dividi-las com os corruptos, com benesses para ambos? Veja-se o caso dos irmãos Batista, grandes devedores da Previdência – quem cobra?

E mais velha que a CLT é o Código Penal que, apesar das diversas alterações são sempre para suavizas as penas de bandidos e corruptos que escondem o verdadeiro protecionismo. Assim, há que se questionar com o governo e o congresso o que vem a ser mais importante para o povo –  o desemprego ou a insegurança em geral, se de nada adianta colocar polícia e exército nas ruas, se não podem matar bandidos mas somente serem mortos por eles, que nada lhes acontece. O tempo será o senhor da razão.

jrobertogullino@ gmail.com