• Domine, gratias ago tibi pro hoc dono!

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  • 01/jul 08:00
    Por Fernando Costa

    Dois de julho, setenta e seis primaveras vividas, não através de meus méritos, mas, obra e graça da Providência Divina.

    Representa e simboliza.

    A vida não me pertence.

    É um dom de Deus.

    Ele põe e dispõe. É amor.

    Tantos lutam por minutos ou dias.

    Eu não deveria me prostrar em ação de graças?

    Só para terem uma ideiaquando completei o quarto aniversário natalício fui gravemente acidentado em virtude de um atropelamento de automóvel.

    Sobrevivi.

    Fotos: Arquivo Pessoal

    Outra vez sofri uma queda de um cavalo que me arremessou a uma pedra tendo ocasionado grave lesão em minha coluna dorsal, cujas consequências são sofridas até hoje.

    No entanto, resisti.

    Estou aqui para contar histórias.

    Aprendi que a existência não é feita somente de flores, no entanto crescemos nesse aprendizado diário.

    Desde meu nascimento fui consagrado a Maria, Nossa Senhora e Mãe Santíssima, presença constante nas lutas, alegrias e tristezas.

    A Ela, a São José, Patriarca da Sé Católica, aos Santos: Francisco, Antônio, Clara, João Maria Vianey, Afonso Maria de Ligório, Agostinho, Thomas de Aquino, Expedito, Carlo Acutis, Anjos e demais eleitos do Cânon Celestial, sou grato por haver possibilitado o curso de teologia no Instituto Teológico Franciscano, durante os anos de 1998/2006, inclusive os de aprofundamentos.

    Encurtaram meu caminho e redobraram minha fé, em Jesus meu Senhor e meu Deus, Uno e Trino nas pessoas do Pai Criador e do Espírito Santificador – Santíssima Trindade.

    Não obstante minhas limitações humanas Cristo é incansável em Misericórdia, reincidente que sou, não desanima de mim, ainda assim, não correspondo ao manancial constante em bênçãos e proteção.

    Quando somos criançasnossos pais se preocupam se estamos agasalhados, se o banho foi tomado corretamente, vigiam nossas notas a que passemos de ano sem direito a uma gripe ou sonolência porque precisam estar alertas em prol de nossa saúde e segurança.

    Direcionaram-me ao caminho reto, ao bem, ao justo e aos princípios éticos, morais e religiosos.

    Despontei para o mundo no dia da independência da Bahia e Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.

    A Mãe do Divino Amor ao tomar conhecimento da gravidez de Isabel, esposa de Zacarias, partiu apressadamente ao encontro da parenta enfrentando cerca de 150 quilômetros, trajeto feito de sua residência, em Nazaré, entre as sinuosas montanhas da Judeia.

    Foto: Arquivo Pessoal

    Maria é assim, intercede por nós, auxilia e revela-nos o mistério da encarnação.

    Neste diapasão, prossigo minhas louvações.

    Sou natural de Três Rios e era sábado, às dez horas, em pleno sol e céu azul.

    Mamãe me confiou a Nossa Senhora e a Santo Antônio.

    Fui levado a Pia Batismal por meus padrinhos Maria José e José Zainotti, em 27 de novembro de 1949, aos quatro meses de idade.

    Dia de Nossa Senhora das Graças. 

    Gosto de celebrar meu aniversário.

    Nesse dia não saio de casa, exceto para ir agradecer durante a Santa Missa, o verdadeiro presente.

    Ao contrário de pensar no declínio, entremeado pela calvície e famosas rugas de expressão e o prateado dos cabelos, bom mesmo é celebrar.

    Esta etapa não causa dissabor, nem pode servir de argumento para significar baixo astral ou prognóstico sombrio.

    Não há que se pensar que doravante nos resta a morte, porque ela só existe para aquilo que não é eterno.

    Estou aqui para falar de vida plena.

    Em minha infância, quando uma pessoa chegava aos cinquenta anos era considerada idosa e sinônimo de senilidade.

    As senhoras usavam coques e solidéus.

    Deixavam os cabelos embranquecer, nada de maquiagem e os vestidos eram longos até os pés.

    Os homens usavam chapéus, bengala, relógios com trancelim, fartos bigodes e barba.

    Hoje não; estamos a fazer planos de viagens, aprimoramento cultural, trabalhos profissionais e benemerentes. Nada de isolamento.

    A família precisa estar unida na alegria, tristeza, diálogo, na sala de jantar ou na cozinha, como antigamente. O lema é dizer não à solidão.

    Fotos: Arquivo Pessoal

    Exercitemo-nos, não deixemos os neurônios acéfalos.

     O ciclo existencial não pode ser medido pela idade, mas sim pela intensidade que a vivemos.

     Sou filho de família de doze irmãos.

    Meus pais, Eliza e Waldemiro Rodrigues da Costa, descansam no Senhor e deixaram a maior fortuna que se pode partilhar: amor, fé, perseverança e honradez.

    Dessa geração há netos, bisnetos e trinetos: Gabriel, Geovana, Hunam Rafael, Antônio, Maria Vitória e Lis.

    Fotos: Arquivo Pessoal

    Estou ciente de que ao falecer passarei por mais um aprendizado: ser conduzido à presença do Altíssimo, para a prestação de contas.

    O Senhor é misericórdia.

    Embora indigno, a Ele clamarei pela sentença absolutória se for Sua vontade e o meu merecimento.

    A família está criada, e encaminhada, recebeu da Estrela Guia o facho de luz e do compositor, “a régua e o compasso”, portanto, mãos à obra.

    Obrigado, Petrópolis, por haver me acolhido desde 1968, pelos cinquenta e sete anos da formatura de Contador e cinquenta e três anos nas lides do Direito compartilhados no Escritório Drs. Costa e Barbosa Advogados, integrado por Célio, Elizabeth, Carla e Ana Luzia, fiéis escudeiros.

    Fotos: Arquivo Pessoal

    Ação de Graças pela credibilidade conquistada, mercê da generosidade de seu povo amigo e acolhedor.     

    “Domine, gratias ago tibi pro hoc dono”, Senhor, agradeço-te por este presente.

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