• Dólar sobe por cautela com tarifas de Trump e queda de commodities

  • 21/mar 10:06
    Por Silvana Rocha/Estadão I Foto: Arquivo

    O real segue em baixa frente o dólar no mercado à vista, acompanhando o sinal positivo da divisa americana frente outras moedas emergentes. Há preocupações renovadas sobre o impacto econômico das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e as commodities recuam também. Em 2 de abril entram em vigor as tarifas recíprocas americanas.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê que o Brasil deve sofrer consequências, porque Trump já criou conflitos com várias outras nações e o Brasil não deve ficar de fora. A União Europeia adiou até meados de abril as suas possíveis tarifas retaliatórias contra os EUA, que já aumentou a taxação sobre todas as importações de aço e alumínio para 25%.

    O senador republicano Steve Daines, forte apoiador do presidente dos EUA, Donald Trump, está visitando Pequim em meio à troca de ameaças tarifárias e de acusações entre Washington e a China sobre como o comércio ilegal de fentanil está sendo tratado.

    No campo fiscal, o Congresso aprovou o projeto do orçamento deste ano, que segue à sanção presidencial. O texto reforça a percepção de irrealismo mais por causa das despesas que não entraram no cálculo do orçamento do que pelas que foram incluídas.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a reforma da renda e garantiu a aprovação da taxação dos mais ricos para compensar a isenção do IR até R$ 5 mil até o fim do ano, desde que haja compensação.

    O projeto de lei que prevê a isenção do IR tem medidas compensatórias superestimadas e custos da isenção subestimados, na avaliação da Warren Investimentos. A projeção do governo federal é de que a medida gere uma perda de R$ 25,8 bilhões em receitas, estimativa aquém da projetada pela Warren, de R$ 34 bilhões em renúncias.

    No setor corporativo, a Cemig fechou o quarto trimestre de 2024 com uma alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebtida ajustado, de 1,3 vez. No trimestre anterior, o indicador estava em 0,89 vez.

    Ja a CCR vai propor aos seus acionistas na próxima assembleia, marcada para 23 de abril, a troca de sua razão social e de sua marca, cujo novo nome será Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A.

    Na quinta-feira, 20, o dólar à vista subiu 0,49%, a R$ 5,6758, interrompendo sete baixas consecutivas (-3,49%), refletindo a valorização externa da divisa americana após o Federal Reserve manter juros inalterados nos EUA. Pouco antes das 10h desta sexta-feira (21), o dólar à vista renovou a máxima intradia a R$ 5,7213 (+0,80%).

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