Dólar recua com apetite por risco em NY e alta do petróleo
O dólar opera em baixa no mercado à vista na manhã desta quinta-feira, 23, refletindo uma realização de lucros após acumular ganhos de 1,07% nas últimas três sessões. O mercado de câmbio acompanha a queda da moeda americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após o avanço desses mercados na tarde de quarta (22) em reação ao tom hawkish da ata da última reunião do Federal Reserve, que reforçou as apostas dos investidores em apenas um corte de juros nos Estados Unidos neste ano.
Em Nova York, o apetite por ativos de risco nesta manhã é puxado pelo desempenho das ações da indústria de chips dos EUA, após balanço e projeções da Nvidia melhores do que o esperado. Ampliação dos ganhos do petróleo mais cedo ajudam também moedas emergentes e ligadas a commodities, como o real.
O destaque da agenda doméstica fica com o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, que participa às 11 horas de evento promovido European Economics And Financial Centre.
Nos Estados Unidos, o dia reserva dados de atividade nacional do Fed de Chicago e número de pedidos de auxílio-desemprego (9h30), além dos índices de gerentes de compras (PMIs) preliminares de maio (10h45). Além disso, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, participa de palestra na Universidade de Stanford (16h).
Mais cedo, o Produto Interno Bruto (PIB) do México apontou crescimento de 0,3% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. O resultado superou a estimativa preliminar e o consenso de analistas consultados pela FactSet, de alta de 0,2% em ambos os casos. Na comparação anual, o PIB mexicano teve expansão de 1,6% entre janeiro e março, confirmando a primeira leitura e em linha com a previsão da Factset.
O Banco Central da Turquia anunciou a manutenção do juro básico em 50%, pela segunda vez consecutiva.
Ainda, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,49% na terceira quadrissemana de maio, após alta de 0,45% na segunda leitura. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,27% em 12 meses, ante 3,23% na leitura anterior.
Às 9h31, o dólar à vista caía 0,49%, a R$ 5,1312. O dólar para junho cedia 0,40%, a R$ 5,1335.