Doenças do aparelho circulatório foram as que mais causaram mortes na cidade em 2017
As doenças do aparelho circulatório, entre elas a hipertensão, foram as que mais provocaram mortes em 2017 em Petrópolis. Dados do Ministério da Saúde mostram que ela é mais comum em homens e mulheres a partir dos 30 anos. Hoje, 32,5% dos brasileiros sofrem com a pressão alta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a hipertensão como a doença cardiovascular mais frequente entre os brasileiros.
O cardiologista Renato Imbróisi diz que é importante prevenir a doença, que pode provocar até um infarto. “Manter o nível de pressão normal, além de ser mais saudável, pode prevenir problemas renais, infarto e acidente vascular cerebral. E as pessoas que têm colesterol alto precisam redobrar a atenção, porque a hipertensão também pode deixar a pessoa mais suscetível a um derrame”, diz.
A ansiedade excessiva, obesidade, sedentarismo e o vício de cigarro também contribuem para a pressão alta. “No Brasil, as mulheres têm pressão mais alta do que os homens. Especialistas já consideram 14×9 alto, mas um estudo feito recentemente pelos Estados Unidos aponta que pressão a 13×8 já deve ser sinal de alerta. No Brasil, o Rio Grande do Sul é o estado onde há mais casos de hipertensão. O número de idosos que param de trabalhar tem aumentado não só pela idade, mas também pela hipertensão, que é mais comum nessa idade”, explica Renato Imbróisi.
Quem sofre de hipertensão pode sentir tontura, dor de cabeça, dor no peito ou falta de ar. Além do estresse mental e a falta de prática de atividades físicas, a alimentação também influencia muito. Comer alimentos leves, como verduras e legumes, e diminuir sal e gordura são medidas fundamentais para controlar a doença.
Entre as coisas que podemos fazer para ajudar quem está hipertenso está deixar a pessoa deitada com a luz apagada e fazer com que ela beba água – caso a pessoa seja idosa, é ainda mais importante que beba bastante água. Assim, ela vai urinar, o que vai contribuir para que a pressão comece a cair.
Estatísticas
Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que as doenças que mais provocaram mortes na cidade em 2017 foram as do aparelho circulatório (cardíacas, hipertensão, acidente vascular cerebral, entre outras): foram 910 óbitos. O câncer provocou 505 mortes; doenças do aparelho respiratório (principalmente as pulmonares), 205 óbitos; e doenças do aparelho digestivo e do sistema nervoso 115 óbitos. Os números mostram, ainda, que quedas e acidentes (causas externas) provocaram 199 mortes.