• Do mundo para Petrópolis: entenda o que é a comunicação não violenta

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  • 12/11/2017 07:00

    Já dizia a poetisa Cora Coralina: “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Engajada desde cedo no terceiro setor, a carioca criada em Petrópolis, Diana Bonar, atua com prevenção de violência desde 2009. Após passar 3 meses na Tailândia em uma pós-graduação na área de resolução de conflitos e estudos da paz, ela estará de volta à Cidade Imperial nos dias 18 e 19 de novembro para um curso intensivo de dois dias sobre a comunicação não-violenta, assunto no qual é especialista. Aberto ao público, o módulo leva ao autoconhecimento, à melhoria dos relacionamentos interpessoais e à transformação de conflitos em oportunidade para mudança e crescimento.

    Diana começou a trabalhar com comunicação não-violenta em 2010 quando implementou um programa de medição escolar em zonas conflagradas do Rio de Janeiro. Desde então, já capacitou mais de 30 organizações/institutos no Brasil e em Londres. Além disso, também tem experiência enquanto facilitadora de processos de resolução de conflitos, construção de paz e prevenção de violência, tendo promovido treinamentos a professores, diretores de escolas e ONGs.

    Sua mais recente especialização aconteceu este ano na Tailâdia. Ela foi uma das 24 pessoas ao redor do mundo selecionadas pela Fundação Rotária Internacional a receber a bolsa de três meses de estudo. Lá, teve acesso a profissionais altamente qualificados com conhecimentos profundos sobre o ser humano, a complexidade das emoções e a resolução de conflitos. 

    A carioca conta que a comunicação não-violenta, tema que será abordado no curso, promove o empoderamento dos indivíduos por tornar o ser humano mais empático e, ao mesmo tempo, capaz de transformar os conflitos que o rodeiam. Por estar presente em todas as relações sociais, é assunto de interesse da maioria, motivo pelo qual o módulo será aberto ao público em geral, sem restrições.

    “O conflito é algo natural, inerente a qualquer relação humana. Ele é uma oportunidade de transformação do relacionamento em algo melhor; é uma dor que indica que algo precisa ser tratado. A partir da comunicação não-violenta, o homem se torna mais empático e capaz de substituir sua agressividade pela exteriorização de suas necessidades universais não atendidas como o acolhimento e o bem estar”, diz ela.

    Depois de retornar de sua pós-graduação, Diana decidiu criar um espaço para difundir seu conhecimento a pessoas que talvez não tenham as mesmas oportunidades tidas por ela. Intitulado PeaceFlow, o perfil pode ser encontrado no Youtube e no Facebook. A partir dele são oferecidos conteúdos práticos e teóricos, além de treinamentos abertos ao público, consultoria para organizações, conferências, seminários, rodas de conversa e debates; todos promovendo a cultura do não julgamento, da quebra de estereótipos e da humanização das relações.

    “Ao olhar minha trajetória de vida, percebi que grande parte do conhecimento que adquiri na área de resolução de conflitos foi por meio de cursos pagos sendo, em sua maioria, caros. Além disso, o conteúdo era, normalmente, na língua inglesa, o que exclui grande parte da população. Com isso, decidi criar um canal no YouTube, o ‘PeaceFlow: conflitos e estudos da paz’, com o intuito de compartilhar o conteúdo desta temática em português.  Lá, compartilho meu conhecimento de experiência prática, de prevenção de violência, de livros que li, além de entrevistar profissionais que atuam na área. Meu objetivo é atingir pessoas que estão em locais remotos do país onde esses cursos seriam inacessíveis”.

    Fruto do que tem sido promovido pela PeaceFlow é o curso intensivo sobre comunicação não-violenta que acontece nos 18 e 19 de novembro em Petrópolis, das 9:30 às 17 horas, no Espaço Ganesha, localizado no Shopping Center Dom Pedro II, Rua do Imperador, número 288, sala 902. O módulo oferece espaço para reflexão e prática em duplas e em grupo. Por meio de um espaço lúdico com vivências e brincadeiras focadas na aprendizagem, os participantes serão capazes de traduzir a violência do outro em vulnerabilidade e a desmistificar a raiva e a transformá-la em conexão.

    “Quero que esse conhecimento se espalhe por Petrópolis. Vejo como uma grande oportunidade para que os petropolitanos se apoderem desse conhecimento, o levem para suas organizações e falem mais sobre isso. Acredito que quanto mais pessoas entendam a comunicação não violenta, maior será a probabilidade do mundo ter mais paz”, reflete ela.

    As inscrições custam R$ 300 e podem ser feitas até o dia 16 no seguinte link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdlgWvdIplQqC77bG0WBPlKE5zxauAGrWGMS7PMjoVzAPN5YA/formResponse. Nele você encontra mais informações sobre a proposta do curso e sobre a formação de Diana. Além disso, para entrar em contato diretamente com ela você pode acessar a página do projeto no Facebook: https://www.facebook.com/PeaceFlowww/?fref=ts ou mandar um e-mail para  peacefloww@gmail.com.


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