• Djokovic espera apoio na Austrália, mas reconhece chance de recepção hostil

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  • 29/12/2022 11:46
    Por Estadão

    Depois de desembarcar discretamente na Austrália, terça-feira, quase um ano após ser deportado do país por não se vacinar contra a covid-19, Novak Djokovic conversou com a imprensa nesta quinta (29), em Adelaide, onde disputará um torneio de nível 250 que usará como preparação para o Aberto da Austrália. Questionado sobre um possível comportamento hostil dos torcedores em razão da polêmica, mostrou algum otimismo de que pode ser bem-recebido, embora reconheça a possibilidade de uma reação negativa vinda das arquibancadas.

    “Espero que tudo corra bem. A reação dos fãs é algo que não posso prever. Eu faço o melhor para jogar um bom tênis e levar boas emoções à plateia”, afirmou. Ao comentar o episódio vivido em janeiro deste ano, disse que foi um dos momentos mais difíceis de sua carreira, mas que isso não tira sua alegria de voltar a competir em território australiano.

    “Obviamente, o que aconteceu 12 meses atrás não foi fácil para mim, para minha família, minha equipe, qualquer pessoa próxima a mim. Foi frustrante deixar o país daquela maneira. Não há como esquecer esses eventos, é uma dessas coisas que continua com você pelo resto de sua vida. É algo que nunca tinha vivido e espero não viver mais, mas foi uma experiência valiosa e algo que vai ficar comigo, tenho que seguir em frente”, afirmou.

    Atual quinto colocado do ranking da ATP, Djokovic era o número 1 do mundo quando foi impedido de disputar a última edição do major australiano. Na ocasião, ainda foi deportado pelo governo local e banido de entrar no país oceânico por três anos, punição retirada pelo Ministério da Imigração no início deste mês. Além disso, a Austrália já não exige mais comprovante de vacinação para visitantes, por isso o sérvio pôde desembarcar sem problemas.

    O ex-número 1 tem nove títulos do Aberto da Austrália e brigaria pela quarta conquista consecutiva em 2022 se não tivesse sido banido, pois foi campeão em 2019, 2020 e 2021. De volta à disputa do Grand Slam inaugural das temporadas do tênis, buscará o histórico décimo título. “É ótimo estar de volta à Austrália. É um país onde tive um sucesso tremendo na minha carreira, particularmente em Melbourne. É, de longe, o Grand Slam onde tive mais sucesso. Espero que tudo corra bem”, disse.

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