• Divisão formal de bairros é peça-chave para novos recursos em Petrópolis, ainda dependente dos governos estadual e federal

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  • 10/jul 04:22
    Por Les Partisans

    Em meio ao turbilhão enfrentado pela atual gestão nesses seis primeiros meses com situação agravada nos últimos dias, onde até o pagamento dos servidores ativos e inativos “mancou”, passou meio despercebido a notícia que pode representar um grande avanço para a gestão em Petrópolis: o avanço dos estudos sobre o abairramento formal. Hoje, oficialmente, não existe nenhum bairro constituído na cidade – apenas os cinco distritos. Por hábitos e costumes, a gente passou a considerar bairros, regiões, áreas a partir dos nomes das principais ruas, pelas referências dos nomes das linhas de ônibus e outros aspectos que não são técnicos nem estão formalizados em lei. Agora, a Secretaria de Planejamento retomou trabalho iniciado em 2018, ainda no governo Bernardo Rossi, e esquecido logo depois, e já fez a separação de 55 bairros. 

    Organização e apoio para verbas federais

    Essa divisão ajuda e muito na hora de separar as regiões administrativas, organizando melhor as ações do governo no território e, mais do que isso, ajudam a Prefeitura a realizar melhores projetos em busca de verbas estaduais e federais. E hoje Petrópolis não tem recursos próprios para investimentos: a dívida é de quase R$ 1 bilhão e não sobra nada do Orçamento para investimento. Além disso, só 35% dos recursos da cidade são do próprio município – ou seja, o governo municipal depende muito de verbas para obras vindas de ações como o PAC, por exemplo.

    À prova de ideias

    Até que a audiência pública sobre o transporte teve seus momentos divertidos. A oposição se manifestou e o presidente da CPTrans, Luciano Moreira, foi super gentil com Lívia Miranda e Júlia Casamasso. Mas com Léo França o negócio pegou. Respondendo ao oposicionista, Luciano disse que o nobre parlamentar tem “uma certa impermeabilidade ao conhecimento”. Basta ter o mínimo de permeabilidade ao conhecimento para entender bem o que ele quis dizer com isso. 

    Love is in the air

    O ditado popular dá conta de que, “entre o mar e o rochedo, quem se lasca é o marisco”, mas entre Luciano Moreira e Léo França, o marisco foi o vereador e ex-presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, e ele se saiu ileso do quebra-pau entre os dois. Léo citou o vereador para lembrar pro povo que ele participou da gestão anter… opa, quer dizer, pra elogiar sua atuação na resposta ao incêndio da garagem da Petro Ita. Luciano aproveitou a deixa de Léo e foi só elogios ao tucano, agora aliado. Aliás, a relação entre Damaceno e Luciano tá uma beleza, tudo às mil maravilhas. A gente vê ex e atual presidente conversando e acha até que ainda tá rolando a transição na empresa…

    Questão capital

    Tem circulado em muitos grupos informações sobre o funcionamento em meio período de escolas da rede municipal, nesta quinta-feira, em função do não pagamento dos terceirizados. Por outro lado, também rodou a informação de que o débito dos funcionários da Capital Ambiental seja quitado hoje. A conferir.

    Apertem os cintos

    E a discussão sobre as emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias rolou numa nice sem a presença do líder do governo, Aloísio Barbosa, e sem a gestão HH designar nenhum outro vereador para fazer o papel de articulação. Teve vereador com, digamos, mais boa vontade com o governo que até tentou defender a gestão na discussão sobre as emendas, mas, se o próprio governo não se empenhou tanto assim…

    Passando a boiada

    Fato é que a votação vai gerar um novo desgaste entre Câmara e Prefetiura. Isso porque, se algumas emendas forem aprovadas do jeitinho que os nossos queridíssimos votaram, não vai ter Orçamento pra todo mundo. Como isso não foi bem trabalhado na origem, vai ficar para os vetos do Executivo – e muito gasto de saliva com os vereadores para a manutenção desses vetos.

    O buraco é mais embaixo

    Qualquer debate sobre o transporte público vem acompanhado de um show de problemas pontuais levantados para ilustrar o quadro. É o ônibus da comunidade tal, a retirada da linha X, o carro Y que quebrou no dia Z. A gente até se compadece, mas o problema é amplo. Enquanto não for discutida uma mudança maior no sistema, com priorização do transporte coletivo, essa infinidade de “casos isolados” vai continuar sendo listada.

    Da série Orgulhos de Petrópolis: na foto, estão os alunos da Licenciatura em Física Cefet Petrópolis, Evelin Fonseca, Erick Kraes, João Carlos Coelho, Juliana Medeiros e Wesley Lima, acompanhados do professor do Cefet, João Paulo Fernandes. Os discentes tiveram o artigo científico “Avaliação em atividades que envolvem questões sociocientíficas: uma revisão da literatura” aceito no XI Congresso Internacional sobre Formação de Professores de Ciências (CIFPC), evento que acontecerá pela primeira vez no Brasil este ano, em outubro, na cidade de Fortaleza.

    Contagem

    Estamos há 2 anos, 2 meses e 4 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas. 


    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.

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