• Divina e Humana

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  • 06/03/2018 12:15

    Oito de março, “O Dia Internacional da Mulher” ideia nascida desde fins do século XIX e inícios do século XX nos Estados Unidos e na Europa. A luta feminina teve como fio condutor melhores condições de trabalho e direito ao voto a essas heroínas. Assim, o pleito tomou conta do mundo, desde a Rússia, França, Áustria, Dinamarca, Suíça, dentre outros países com apoio da ONU, Nações Unidas e etc. 

    Santina Sêmola me dizia que colocou o nome de Kolontai em sua filha em homenagem à feminista bolchevique Alexandra kolontai que, em 1915 organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo) contra a guerra, ano em que Clara Zetkin fez uma conferência sobre a mulher. Esse clamor da mulher não se limita à igualdade de condições de emprego e salário, mas, em simples atitudes como se vestir como quiser, frequentar restaurante sozinha, nem ser vista como dona de casa, digna missão, mas sabemos  que ela desempenha papel de alta relevância nos mais destacados setores e representação no universo social. Mulher não existe só para ser rainha de bateria, destruidora de lares como se vê nas novelas ou com o objetivo em  disputar  por homens  e nem foi criada tão somente para fazer comercial de cerveja ou lavar pratos e roupas, cuidar dos filhos durante vinte e quatro horas. Tem o direito de amar e possuir identidade própria. 

    Não pode ser vista como um manequim de passarela, corpo escultural, mas, por seus dotes culturais, religiosos, morais e sociais independentes do invólucro. Ela é intelectual e pode gerir, administrar, decidir, julgar, ser um expert da ciência e tecnologia, notável saber nos mais diversos setores.  O Dia Internacional da Mulher não pode ser visto apenas como um dia em que oferecemos flores e nem um apelo comercial com ênfase tão somente ao cunho festivo. É muito mais que isso.

    E há inúmeros exemplos espalhados pelo mundo. Na Índia, só porque a moça não queria ceder aos desejos de estupradores ela reagiu foi espancada até a morte. Há países que condenam à morte mulheres que se apaixonam por homens de religiões diferentes… Seguindo esse diapasão escrevi há tempos um poema que diz assim: “Maria sofrida, Maria da vida, Maria sem meta, Maria tristeza, Maria sem sorte, um passo para a morte…Maria dos homens, dos bares, dos becos, das grades, Maria de Cristo. Meu Deus, por que isto? Maria mulher.” Uma síntese das diversas nuanças e do sofrimento pelos quais passam as mulheres.

    Desejo neste dia e sempre consignar o meu amor e respeito a essas embaixadoras de Deus na certeza de que, Mulher para mim, tem um quê de Anjo,Centelha Divina, é misto de flor! Mulher para mim, em sinuosas ou curvas, esconde mistério, se resume em amor. Mulher para mim age com o coração, é um todo em emoção. Mulher para mim se revela no olhar, cristaliza o perdão.  Mulher para mim é sacrário do Espírito Santo, esconde em seu ventre o filho gerado.  Mulher para mim é Santa, porque é renúncia, vigília, dedicação e agasalho… Bendita mulher que povoa o mundo, perfuma o leito, ainda que se resuma em solidão.

     A mulher é um misto de riso e lágrima, alegria e dores, mesmo sendo frágil, faz-se gigante, tendo sempre ombros para quem neles precise chorar. A mulher é tão grande e nobre, que sendo rica faz-se pobre, sendo pobre irradia mais que ouro, prata e ofir, qual sarça em fulgurante luz. Maria Santíssima, mulher notável, é resumo de todas vocês, pois, seu nome eternizou-se da ressurreição à cruz, gerou o pão Divino e nosso Salvador Jesus.


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