Diretora da Fundação Elisabeth Käsemann e Cônsul Geral Adjunto da Alemanha visitam Casa da Morte de Petrópolis

A diretora da Fundação Elisabeth Käsemann, Dorothee Weitbrecht, e o Cônsul Geral Adjunto da Alemanha realizaram um visita à Casa da Morte de Petrópolis, no Caxambu, na manhã desta quarta-feira (8). Eles foram recebidos pelo Grupo Pró-Memorial Casa da Morte.

“É um reconhecimento da embaixada alemã de que a casa funcionou como um aparelho de repressão. Um espaço que foi cedido por um cidadão austríaco, o Mário Lodders, para abrigar um centro clandestino de tortura em Petrópolis. Além disso, é extremamente importante termos o apoio da Fundação Elisabeth Käsemann, que luta por lugares de memória em toda a América Latina.”, conta Rafane Paixão, historiadora e pesquisadora da extinta Comissão Municipal da Verdade de Petrópolis e integrante do Grupo Pró-Memorial Casa da Morte.

O Grupo Pró-Memorial Casa da Morte tem como objetivo transformar a casa em um memorial para que tudo o que ocorreu no local, na década de 70, não se repita. O espaço funcionou como centro clandestino de torturas e assassinatos. Apenas Inês Etienne Romeu passou pelo imóvel e sobreviveu.

Desde 2010, várias frentes buscaram a desapropriação do imóvel. Em 2018, o proprietário do imóvel entrou com um mandado de segurança para anular o tombamento em âmbito municipal. Em 2021, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fez a Casa da Morte perder a característica de tombamento.