• Dino defende buscas da PF contra casal suspeito de hostilizar Alexandre de Moraes

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  • 19/07/2023 09:43
    Por Natália Santos / Estadão

    O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu nesta quarta-feira, 19, os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) em endereços ligados aos suspeitos de terem hostilizado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seus familiares no aeroporto de Roma, na Itália.

    “A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”, escreveu o ministro em uma rede social. “Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de ‘fishing expedition’, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação.”

    Os alvos principais da investigação são o empresário Roberto Mantovani Filho e sua mulher, Andréia Mantovani. Os mandatos de busca e apreensão foram cumpridos após autorização da presidente do STF, a ministra Rosa Weber. As diligências foram cumpridas em Santa Bárbara d’Oeste (SP) no bojo do inquérito sobre supostos crimes de injúria, perseguição e desacato.

    Mantovani e Andréia prestaram depoimento na Polícia Federal, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Eles são suspeitos de hostilizar Moraes. O advogado Ralph Tórtima Filho, que defende Mantovani e Andréia, disse que, no depoimento, o empresário relatou que houve um “entrevero” envolvendo o filho de Moraes, no aeroporto.

    Como mostrou o Estadão, o inquérito deve se debruçar sobre possíveis crimes contra a honra de Alexandre de Moraes, eventual lesão corporal e até tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os crimes podem ser investigados e punidos no Brasil em razão do chamado princípio da extraterritorialidade.

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