Diniz inicia trabalho no Santos com decisão por ‘segunda vaga’ na Libertadores
Há uma semana, o Santos flertava com a eliminação precoce na Copa Libertadores. Nesta segunda-feira, inicia a era Fernando Diniz já com enorme chance de entrar na zona de classificação às oitavas de final. “Basta” ganhar do Boca Juniors em confronto direto pela segunda vaga do grupo, na terça-feira, na Vila Belmiro.
O treinador vem acompanhando o elenco nos últimos dias, mas começará a implantar sua filosofia para valer nesta segunda-feira, após ser apresentado oficialmente. O problema é que não poderá trabalhar posicionamento ou criar jogadas, pois os titulares terão de passar por reabilitação após jogarem no domingo e não estarão no campo.
Os primeiros passos serão na base das palavras, por causa da falta de tempo entre um jogo e outro. Terá de investir no lado psicólogo e nos quadros com botões neste início de trabalho para montar sua estratégia tática.
Marcelo Fernandes, que dirigiu a equipe nas últimas partidas, será o braço direito de Diniz para a batalha com o Boca Juniors, na qual só o triunfo servirá para o Santos. Mesmo derrotado na Argentina, na ida, o ex-treinador tem muita coisa para passar a Diniz. Antes de sofrer os gols, o Santos mandava na partida em La Bombonera.
“Vou ajudar como sempre ajudei. Desde o Muricy Ramalho. Quando tenho essas missões, devo ao aprendizado com todos esses técnicos: Muricy, Oswaldo, Levir, Enderson, Dorival, Claudinei… Todos. Vou me doar ao máximo pelo Fernando (Diniz) como me doei a todos”, prometeu Marcelo Fernandes.
Diniz chegará com um dilema: poderá contar com Marinho? O treinador sabe que o Santos tem muitos jovens de qualidade, porém conta com a experiência do atacante para superar a catimba e malandragem dos argentinos. Em recuperação de lesão, a confiança é que o camisa 11 possa estar em campo para o Santos tentar repetir a vitória da semifinal passada, na qual fez 3 a 0 em casa.
Marinho seria a única mudança de Diniz em relação ao time que ganhou do São Bento, por 2 a 0, no domingo. Voltaria na vaga do menino Ângelo, de somente 16 anos. O treinador sabe que não poderá radicalizar de início, sem tempo para treinar, mas quer dar “sua cara” ao time. De bom, sua facilidade em trabalhar com jovens.