Dinheiro disponível nas contas da PMP só é suficiente para quitar uma parcela do 13º
O arresto nas contas da prefeitura para o pagamento do 13º salário dos servidores municipais está preocupando o prefeito eleito, Bernardo Rossi, mesmo considerando importante que o funcionalismo não fique sem receber. De acordo com informações do Governo Municipal, há nas contas da prefeitura dinheiro suficiente para pagar a primeira parcela do abono natalino, cujo total é de R$ 17.245.014,95. No entanto, não há nenhuma certeza se haverá dinheiro para a segunda parcela e o salário de dezembro.
O presidente da Câmara, vereador Paulo Igor (PMDB), disse que a preocupação do governo eleito é que em janeiro o dinheiro retirado das contas vinculadas deverá ser depositado para a cidade não perder convênios federais. Até o início da noite de ontem, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores de Petrópolis, Osvaldo Magalhães, não havia nenhuma informação se a Justiça tinha conseguido o dinheiro suficiente para pagar a primeira parcela do abono natalino. “Hoje vou procurar o juiz da 4ª Vara Cível para saber como está o processo de arresto, pois o servidor está na expectativa de receber o dinheiro”, comentou Osvaldo, que ontem novamente manifestou preocupação com o salário de dezembro.
O presidente da Câmara disse que o Orçamento do Município deve ser votado na próxima semana, em segunda discussão, e junto as emendas apresentadas pelos vereadores. Ele adiantou que, no momento, é praticamente certo da aprovação de uma emenda que destina R$ 32 milhões para a folha de pagamento dos funcionários da saúde, pois de acordo com técnicos da Câmara, o rombo chega a R$ 60 milhões.
Paulo Igor disse que o governo eleito está acompanhando a situação do Hospital Santa Teresa (HST) e já procurou o juiz da 4ª Vara Cível e a direção do hospital para tentar um acordo. “Sabemos da necessidade do hospital, mas estamos preocupados, pois se não há dinheiro para o pagamento do décimo terceiro do servidor, mesmo com o arresto, não haverá dinheiro suficiente para o pagamento do hospital, e se não houver um acordo a administração municipal a partir de janeiro estará comprometida”.