• Diesel deveria subir R$ 0,62 por litro para atingir paridade internacional

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  • 07/10/2022 12:08
    Por Denise Luna / Estadão

    O diesel no mercado brasileiro deveria subir R$ 0,62 por litro para estar alinhado ao mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que vê uma defasagem de 11% no preço do combustível, cujo preço tende subir ainda mais globalmente por conta da chegada do inverno no Hemisfério Norte.

    “O mercado internacional do diesel e o câmbio pressionam os preços domésticos. A arbitragem está desfavorável para importações”, afirmou a Abicom em seu relatório diário sobre os preços internacionais na comparação com o mercado interno.

    O petróleo passou a subir no mundo inteiro depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiram cortar a produção em 2 milhões de barris diários.

    Enquanto isso, o dólar no Brasil tem subido frente ao real, e na quinta-feira teve alta de 0,50% no mercado à vista, chegando aos R$ 5,2099, enquanto o dólar futuro de novembro encerrou em alta de 0,46%, aos R$ 5,2480.

    A gasolina também está com o preço defasado em relação ao Golfo do México, registrando uma diferença de 9% em relação ao mercado brasileiro.

    Segundo a Abicom, para ficar atrativa para importação, o combustível deveria ter um reajuste de R$ 0,32 por litro nas refinarias.

    Os últimos reajustes praticados pela Petrobras, agente dominante do mercado brasileiro, foram realizados há 18 dias, no caso do diesel, e há 36 dias, no caso da gasolina. Ambos foram de queda, de 4,07% e 4,8%, respectivamente.

    Procurada, a Petrobras afirmou “que não existe uma referência única e percebida da mesma maneira por todos os agentes, sejam eles refinadores ou importadores”, e que “segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimenta alta volatilidade”, afirmou em nota.

    “A companhia reafirma seu compromisso com a prática de preços em equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural nem movimentos especulativos como os que estão sendo observados recentemente”, completou a estatal.

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