• Diário louco

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  • 17/06/2020 00:01

    Um festival de sandices e ridículos besteiróis pulula por ai no susto da pandemia universal.

    O indivíduo que pensa, tem interesse pelo derredor, possui capacidade para compreender o que é mentira ou verdade, ou, simplesmente, é atento para a vida sua e a de terceiros no espírito da solidariedade e bem distante do egoísmo, no seio de sua quarentena treme de medo diante da insensatez de pessoas que não estão nem ai para nada e coisa nenhuma e, ainda, contribuem para criarem caos maior e enfiar nas cabeças da população idiossincrasias nojentas.

    E ações de fazer corar frades beneditinos e religiosas de confissões franciscanas.

    E, terrível e pior ainda, é a ação das híbridas criaturas de titulações políticas que agem sob o comando de cérebros de hipopótamos, só se preocupam em esticar seus pescoços de girafas para comer pelas altas beiradas da vegetação, emporcalhando, em consequência fisiológica o solo para deguste festivo das hienas.

    Espero que as sociedades de proteção aos animais não venham com processo para cima do bem intencionado escriba por ofensa aos irracionais na comparação aqui exposta com os racionais.

    No caminhar desse terrível momento doente, quando muitas pessoas sucumbem sob males traiçoeiros, o que se vê são os politiqueiros desfilando nas portarias hospitalares, alguns invadindo as câmeras de tratamento para assoprar nos comprometidos ouvidos trincalhados de fiações seus números de candidaturas, que escrevem com canetinha nos gessos dos pacientes ou nas capsulas de soro… Ah! desculpem, exagerei demais; não é hora de criar imagens distorcidas para argumentação, porém, minhas senhoras e meus senhores, o mundo está pelo avesso; o que valia ontem, não vale mais hoje e o bate-cabeças é universal.

    E coisas ridículas vem acontecendo e seus autores acham que estão marcando pontos e angariando votos, porque o ano é de eleições em muitas bibocas por ai, volateando eles seus corpos em coreografias onde não faltam os enormes seguranças de expressões amorfas, compondo o conjunto um balé bamboleante, principalmente quando desfilam presidentes dos legislativos esperando ser abafados com microfones de várias siglas, tamanhos e feitios. E falam melosas abobrinhas, jamais respondendo corretamente as indagações dos afoitos repórteres. Recordam o cassado Cunha?  Repararam no Rodrigo? E no Alcolumbre? Até já sugeriram que o nome do parlamentar possa ter um acréscimo de sílabas para se tornar “alcogelumbre”, de tanta viscosidade que passa.

    Não cito o presidente porque o protocolo dele difere de tudo, até da própria razão e da constituição, diante da firme declaração, para que ninguém se esqueça: – Eu sou o presidente da república!!! – como se os brasileiros não soubessem!

    Desculpe meu amigo leitor, tanta comparação e tanta metáfora e até um dito meio engraçado aqui e ali, mas é rindo que se consegue meditar, é dando que não se recebe, é votando que se é enganado, é acreditando que se é traído…

    Eia! Eia! Eia! parando por ai porque não possuo autorização de São Francisco de Assis para deturpar sua famosa oração em defesa de tudo quanto é mais sagrado.

    E, para terminar, antes que enlouqueça de vez, pergunto: – Quem acha que a prefeitura municipal deve criar um curso de “libras” para os idosos?

    Por que? Ora, a municipalidade acaba de restringir o uso dos bancos das praças, permitindo apenas uma pessoa sentada em cada um deles. E agora? O que acontecerá com o papo dos velhinhos? A maioria não escuta bem; alguns enxergam pouco; as vozes já estão cansadas e gastas; o calorzinho dos corpos próximos em tempos de praças frias de inverno entrou de quarentena…

    Talvez a melhor comunicação entre eles seja – doravante – as gaivotinhas de papel com as conversas escritas, embora se saiba que a maioria não poderá se agachar para apanhar os aviõezinhos aterrizados no chão.

    Tá feia a coisa! Muito feia!

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