• Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose: condição silenciosa pode evoluir para graves complicações

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  • 16/set 08:40
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Reprodução

    Celebrado nesta terça-feira (16), o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose alerta para a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos que ajudam a reduzir os riscos relacionados à doença. Apesar de relativamente comum e muitas vezes silenciosa, a trombose pode evoluir para complicações graves. Logo, é importante conhecer os sintomas e fatores de risco relacionados à condição.

    “A trombose venosa é a formação de um coágulo sanguíneo dentro de uma veia, na maioria das vezes nos membros inferiores. Esse coágulo bloqueia a passagem do sangue e pode trazer complicações sérias. A mais temida é a embolia pulmonar, quando o coágulo se desloca até o pulmão”, explica Eduardo Loureiro, angiologista e cirurgião vascular do Hospital Santa Teresa. Outras complicações incluem a insuficiência venosa e o inchaço crônico da perna afetada.

    Os sintomas da trombose vão além do inchaço súbito em apenas uma perna e podem incluir também a dor e sensação de peso na panturrilha ou coxa, vermelhidão ou coloração azulada da pele e o aumento da temperatura local. Já em relação ao surgimento da doença, diversos fatores podem favorecer seu desenvolvimento, já que a trombose tem múltiplas causas e, geralmente, uma combinação delas é o que provoca o problema.

    “Os fatores mais comuns são: histórico familiar ou predisposição genética; imobilidade prolongada (internações, viagens longas, repouso no leito); cirurgias ou traumas recentes, especialmente ortopédicos e oncológicos; uso de hormônios como anticoncepcionais e reposição hormonal; gravidez e pós-parto; idade avançada e tabagismo; além de doenças associadas como câncer, obesidade e insuficiência cardíaca”, alerta o cirurgião vascular.

    O especialista também explica que o tratamento e diagnóstico da trombose são muito seguros e eficazes. O exame padrão para diagnosticar a condição é o ultrassom com doppler venoso, um procedimento simples, indolor e altamente confiável. Já o tratamento pode variar de três a seis meses e consiste no uso de anticoagulantes como a heparina, varfarina e os anticoagulantes orais mais modernos como rivaroxabane além de meias de compressão graduada. Em casos específicos, pode ser necessário também o uso de cateteres para dissolver ou retirar o coágulo.

    O médico do Hospital Santa Teresa cita ainda algumas medidas práticas para prevenir a trombose no dia a dia:

    • Movimentar-se regularmente, evitando longos períodos sentado ou em pé parado;
    • Praticar atividade física com regularidade;
    • Manter o peso adequado;
    • Cessar o tabagismo e hidratar-se bem, evitando a cafeína e o álcool;
    • Em viagens longas, exercitar as pernas mesmo sentado com movimentos de flexão e extensão dos pés e rotação dos tornozelos;
    • Usar roupas confortáveis e não manter pernas cruzadas por longos períodos;
    • Em pessoas predispostas, considerar o uso de meias elásticas de compressão e manter acompanhamento vascular.

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