Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele é lembrado neste sábado
A cada dia 500 pessoas são diagnosticadas com câncer de pele no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) a estimativa para 2016 é de 175.760 novos casos da doença do tipo não melanoma (com menor índice de mortalidade) e 5.670 melanomas (casos mais agressivos). Em 2013 mais de 3 mil pessoas morreram no país após serem diagnosticadas com a doença. A fim de orientar e alertar a população sobre a gravidade do assunto é lembrado neste sábado (26) o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Em Petrópolis, dados do Centro de Terapia Oncológica (CTO) mostram que, no ano passado, 34 pessoas com a doença foram atendidas na cidade. Todas, com mais de 60 anos.
O Inca aponta que a doença é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Porém, a médica Cássia Coelho, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressalta que, mais recentemente, foram diagnosticadas pessoas mais jovens. A incidência da doença está diretamente relacionada com a frequência da exposição ao sol. Por isso, a especialista destaca que é importante o uso diário de filtro solar e de peças e roupas que protejam a pele contra os efeitos dos raios ultravioletas.
O câncer de pele geralmente começa com uma mancha ou uma pinta que apresenta mudanças no tamanho ou na cor. No caso do melanoma a pinta pode ser mais escura ou apresentar bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Algumas vezes é possível observar uma lesão pigmentada preexistente, que aumenta de tamanho ou tem alteração na coloração. Já o não melanoma costuma aparecer em forma de feridas na pele cuja cicatrização demora mais de quatro semanas, há variação na cor de sinais, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Cássia alerta também para feridas que não cicatrizam e apresentam crescimento constante.
Ao identificar algum desses sintomas, a dermatologista recomenda que o médico deve ser procurado. “Quanto mais rápido a doença for diagnosticada maior é a chance de cura”, lembra. Mas ela disse que há algumas regras que ajudam a identificar se o caso é mais ou menos grave. “Se a pinta é simétrica, a borda é regular, o tom é único e é menor que 6 mm tende a ser benigna.A preocupação é maior com as assimétricas, que possuem bordas irregulares, apresentam mais de dois tons e são maiores do que 6 mm. Estas são mais suspeitas e têm mais chances de serem malignas”, explicou.
Com relação ao tratamento, no caso do melanoma a cirurgia é a mais indicada. Dependendo do estágio da doença, também podem ser sugeridos quimioterapia e/ou radioterapia. No caso do não melanoma, a cirurgia e quimioterapia também podem ser indicadas pelo médico.
Para prevenir a doença, a dica é simples: não esquecer de passar o filtro solar antes de sair de casa. “Eles devem apontar proteção UVA e UVB, para prevenir contra o envelhecimento da pele, queimaduras e vermelhidão e, em longo prazo, o desenvolvimento de uma doença mais grave, como o câncer de pele”, concluiu Cássia.