• Dia Mundial da Conscientização do Autismo

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  • 02/04/2017 09:00

    Sentado em um canto, olhar paralelo, isolamento e uma viagem no seu próprio mundo. O autismo vem crescendo em todo o mundo e o Dia Mundial de Conscientização é lembrado neste domingo (2). Em 2013, os Estados Unidos divulgaram um caso de autismo para cada 50 crianças entre 6 e 17 anos, com base em pesquisa realizada por telefone com 91.642 famílias. Dados epidemiológicos anteriores, de 2012, sugeriram uma prevalência de um caso para 88 crianças. Hoje, a cada 68 crianças uma é diagnosticada com autismo. Em Petrópolis o Gaape – Grupo Amigos dos Autistas de Petrópolis, realizou uma caminhada na Avenida Barão do Rio Branco, na manhã deste domingo. Os monumentos históricos, como o Obelisco, também serão iluminados com a cor azul.

    Segundo o neuropediatra, Andre Felipe Pinto Duarte, o autismo é mais comum em meninos e deve ser diagnosticado o mais rápido, até os dois anos de idade. “O diagnostico é feito pela observação de um conjunto de alterações globais do neurodesenvolvimento social, caracterizadas por deficit na qualidade de interação e dificuldade persistente na comunicação verbal e não verbal , associado a um padrão de comportamento, interesses e atividades repetitivas, restritas e estereotipadas, identificadas por movimentos ou por verbalizações de padrão fixo e sem finalidade, “ esclarece o neuropediatra. Ele ressalta ainda, que não se pode classificar o autismo em graus. “A identificação ocorre também observando se há deficit intelectual, hiperatividade, impulsividade, agressividade, hipersensibilidade sensorial, ansiedade, distúrbios gastrointestinais e do sono, sendo classificadas pela intensidade,” explicou Andre. 

    A cura pelo autismo ainda não existe, porém estudos realizados na Universidade da Califórnia em San Diego, observaram que os neurônios dos autistas, por algum motivo não se desenvolve por completo, não amadurecendo. Com isso, pesquisas estão sendo desenvolvidas na busca por medicações que modifiquem esta condição. 

    De acordo com  Andre, o tratamento é multidisciplinar através de medicações, para controle das condições associadas, e de terapias especializadas. “A inclusão sócio escolar qualificável favorece a melhoria das habilidades sociais de interação e comunicação,” diz ele. Para o neuropediatra, as estratégias devem ser estabelecidas, como a visita a escola fora do tempo das aulas, relacionar fotos dos profissionais que terão contato mais próximo com o aluno, criar inicialmente formas rituais de entrada, caminhos e horários, para darem maior segurança. O maior objetivo com a inclusão é realizar um trabalho de estratégias que visa a melhoria nas habilidades sociais de interação através de brincadeiras e atividades próprias para a idade e de comunicação verbal e não-verbal, assim como controle de padrões comportamentais, interesses e atividades repetitivas e estereotipadas.


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