Dia Internacional da Síndrome de Down
Amanhã, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. Esta Síndrome, que ressalta-se, não é doença, ainda não teve determinado o seu motivo, mas sabe-se que acontece no início da gestação, quando as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, sendo que o normal seriam 46 Por isso, as pessoas com Síndrome de Down têm um cromossomo a mais, que ocorre no par de número 21. Por esta razão foi escolhido o dia 21 de março como o Dia Internacional da Síndrome de Down. No entanto, para muito além de uma data comemorativa, o dia 21 de março traz em si um significado muito grande para as pessoas com SD, seus familiares ou àqueles que dedicam suas vidas pesquisando ou apoiando-os em seu cotidiano.
Pode parecer não ter sentido em se comemorar uma Síndrome, pode até ser considerado estranho. Mas não se trata disso. É na verdade uma forma de combater o preconceito, que faz da diferença um rótulo que estigmatiza as pessoas. Desde a sua descoberta, em 1862, pelo médico britânico John Langdon Down, são 153 anos de uma caminhada que conta sem dúvida com muitos avanços, mas que ainda não é o cenário ideal. Um dos progressos visíveis a todos, é a integração cada vez maior da pessoa com SD na sociedade, nos últimos trinta anos. Por exemplo, vimos que hoje elas possuem vida social como todos da sua faixa etária ou meio de convivência. Elas têm nos mostrado que a Síndrome não as define.
A constatação da capacidade que possuem é cada vez mais evidente, constituindo numa quebra de tabus que por anos foi alimentada pela falta de informação e por conseguinte, pelo preconceito. Nesse contexto, não há como deixar de fazer um link sobre a inclusão. Palavra de ordem no universo das pessoas com deficiência, a inclusão é de fundamental importância para que a sociedade entenda de uma vez por todas que o espaço e oportunidades para as pessoas com SD devem ser os mesmos dados a quaisquer outras. Um bom início de conversa é a atenção que mães e pais, devem receber durante a gestação e no nascimento do bebê com essa Síndrome muitas vezes a insegurança ou falta de acompanhamento dos pais, dão lugar a especulações ou conselhos infundados cientificamente, que só tendem a atrapalhar o desenvolvimento do bebê. Por isso é importante a existência de uma rede de apoio familiar.
A outra face da mesma moeda, é a inclusão escolar. Toda criança com Síndrome de Down tem o direito, garantido por Lei, de ser matriculada em escola regular e ter seu aprendizado desenvolvido junto com outras crianças. Essa convivência é enriquecedora não só para os alunos com SD, mas, para todos os demais, pois é no dia a dia escolar que essa troca salutar acontece. A interação de alunos passa necessariamente pela solução de conflitos, pela ajuda recíproca, pelas descobertas naturais e acompanhamentos pedagógicos, assim como pela construção de amizades e de afetos. Assim é formada a ambiência escolar, onde estes devem estar plenamente inseridos. Concluindo essa breve exposição, o meu conselho é que não permitamos jamais que o preconceito nos impeça de enxergar as suas habilidades para a vida, e especialmente os seres humanos maravilhosos que são. Ainda temos muitas conquistas pelas quais lutar!