
Celebrado neste sábado (08), o Dia Internacional da Mulher reforça a luta feminina por igualdade, direitos e respeito. Com seis anos de atuação na Polícia Militar, sendo três no curso de formação de oficiais e três no 26º BPM, a tenente Úrsula Curi sempre teve o sonho de ser policial, seguindo os passos do pai, que também é policial militar. Antes do trabalho na corporação, atuou como advogada e, atualmente, exerce a função de chefe da comunicação social do 26º BPM, além de também ser oficial supervisora.
Úrsula conta que o início da trajetória na Polícia Militar foi difícil, já que precisou ficar longe de casa durante a sua formação. “Eu era advogada, mas sempre quis ser policial. [O início] foi difícil porque fiquei longe de casa durante a formação. Foram três anos, atividades intensas e muita cobrança, mas ao final do curso é muita emoção, é muito gratificante dar esse orgulho para o meu pai”, contou.
Úrsula atua internamente no 26º BPM, na parte administrativa, e também na rua, na supervisão. Chefe da comunicação social da corporação, ela explica que durante a atuação na rua podem ocorrer as mais diversas situações, além de ressaltar os desafios enfrentados por exercer a profissão.


Fotos: Arquivo Pessoal
“Muito desgaste mental e físico. É [preciso ter] muito controle emocional, são os maiores desafios de qualquer policial. E também de não deixar que tantas coisas ruins vistas afetem o seu dia a dia”, ressaltou.
Preconceito
Úrsula explica que o preconceito existe por exercer a profissão, mas de forma mais leve, e que se vê como uma inspiração. “Penso que qualquer profissão que estabelece limite sofre um pouco. Na maioria das vezes sinto que sou vista como inspiração”, explicou.
Momentos marcantes na carreira
Ela relembrou ainda os momentos marcantes que viveu ao longo dos seis anos trabalhando na Polícia Militar e destaca a primeira ocorrência em que participou, de uma jovem que havia sido sequestrada e agredida pelo ex-namorado, além das situações vividas nas chuvas de 2022, quando Petrópolis foi atingida pela maior tragédia climática da sua história.

“Era uma menina de 20 anos que tinha sido sequestrada pelo ex-namorado. Ele bateu muito nela e raspou toda a cabeça dela. Quando cheguei com ela no hospital e vi o estado dela, porque ela teve que tirar o capuz, eu saí da sala para chorar. E nas chuvas de 2022, aqueles dias e as situações vividas marcaram para sempre”, finalizou Úrsula.
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