• Dia dos médicos

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  • 22/10/2017 08:00

    O Dia dos Médicos foi comemorado na última quarta-feira, sendo padroeiro da medicina São Lucas. Uma das profissões mais bonitas, cujo lema curar quando possível, aliviar quando necessário e consolar sempre é um paradigma para os dias atuais. Infelizmente, no Brasil, apesar de todos os avanços da ciência, com prolongamento da vida, descoberta de remédios biológicos, engenharia genética, que certamente estão contribuindo para prolongar com qualidade a vida de todo nós, os médicos cada vez estão mais desvalorizados. Desde Hipócrates, grego de Atenas, considerado o pai da medicina, até alguns anos atrás, havia a valorização do ato médico e de seus praticantes. Afinal, para se formar são necessários seis longos anos, com horário integral, dois a cinco anos de residência médica, especialização e incontáveis cursos, jornadas e congressos. A evolução é tão rápida que a atualização tem que ser contínua. As mazelas causadas pelos políticos, que constroem UPAS em lugares inadequados, investem em urgência e não em prevenção, deixam de comprar medicamentos, fazem propaganda e, no final, colocam na conta dos médicos a precariedade do atendimento do SUS, precisam ser esclarecidas para o povo. 

    A precariedade no atendimento tirando contratos da CLT e querendo que os médicos trabalhem em “cooperativas”, sem nenhum direito trabalhista, é outro aspecto perverso da atuação dos nossos governantes. Pagam salários de R$ 1.900,00 reais para 20 horas de ambulatório e ainda querem responsabilizar os profissionais por não serem encontrados nos postos. Por isso, estamos sem médicos numa infinidade de postos médicos em Petrópolis. Afinal, quem estuda de oito a 11 anos, pagando mensalidade de mais de seis mil reais mês para as faculdades, sendo obrigado a fazer reciclagem constante, não pode aceitar um pagamento vil, enquanto os políticos se locupletam. 

    Parabenizo a todos os colegas que cumprem o juramento de Hipocrates:”prometo consagrar a minha vida a serviço da humanidade. Darei a meus mestres o respeito e o reconhecimento. Exercerei minha arte com dignidade e humanidade. A saúde do meu doente será sempre a minha primeira preocupação. Manterei a honra e os nobres ditames da profissão médica. Não permitirei que considerações de religião, raça, nacionalidade, partido político ou posição social interfiram entre o dever e meu paciente. Guardarei respeito absoluto pela vida desde a concepção e não farei uso dos meus conhecimentos médicos contra as leis da humanidade”. A todos os médicos que cumprem o juramento, conclamo que permaneçamos unidos e com nossa arte e com a imprescíndivel ajuda da população, quem sabe, consigamos ano que vem, comemorar dignamente o nosso dia.

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