Dia do comerciário: festa no Sesc e preocupação com crise e reformas
Nesta segunda-feira (16) é comemorado o Dia dos Comerciários e por isso Sistema Fecomércio RJ, por meio do Sesc RJ promoverá uma grande festa para homenagear a categoria do dia 15 a 21 de outubro. O evento contará com atividades especiais gratuitas nas sedes do Sesc de Nogueira e do Quitandinha. Comerciários e suas famílias poderão desfrutar de uma ampla programação.
Além isso terão torneios relâmpagos de futsal, gincanas recreativas, oficinas de esportes radicais e jogos populares, espaços para desenho, pintura, aulões de dança e pilates, shiatsu, entre outras atrações. As múltiplas vivências nas áreas de esporte, educação, cultura e responsabilidade social terão datas e horários diferenciados por localidade. NO Sesc Nogueira a programação será dia 16 das 9h às 17h, com show de Lucas de Moraes, FutBolha, touro mecânico, oficinas intergeracionais.
Já no mesmo dia no Sesc Quitandinha o público contará com atrações das 10h às 16h. Já estão confirmados o show de Lucas de Moraes, atividades recreativas como Snokball, esportivas, shiatsu, aulões de alongamento, pilates, tai chi chuan, yoga.
Sindicato não realizará celebração este ano
Devido a crise e ao número expressivo de demissões e comerciários que acabaram se desligando do sindicato da categoria, a direção informou que este ano não realizará a tradicional comemoração organizada por eles. Segundo o presidente do sindicato, Ernane Corrêa Magalhães no último ano mais de mil trabalhadores foram mandados embora, e o setor que empregava cerca de 15 mil pessoas, hoje conta com 13 mil.
“A verdade é que não temos muito o que comemorar! O setor dos comerciários foi extremamente afetado pela crise que o país enfrenta, e ainda seremos ainda mais prejudicados com a reforma trabalhista, e aprovação da Lei da Terceirização. Foram anos de direitos conquistados jogados no ralo”, desabafou.
Ainda segundo Ernani tudo indica que o setor será precarizado. “Todas as entidades ligadas ao trabalhador que atua no comércio será prejudicada diretamente. É muito triste! Essa situação aliada as demissões realmente não deixaram clima de comemoração”, afirmou.
A opinião foi compartilhada por trabalhadores que também lamentam a reforma trabalhista. “As coisas estão complicada há algum tempo e acredito que vão piorar. A Rua Teresa parece um lugar fantasma, e isso me deixa muito triste. Mas tenho esperança de que em algum momento conseguiremos reagir”, disse a vendedora Bianca Barra de Lima.
A vendedora Fernanda Morais, também acredita que o setor está mal. “São muitas demissões! É de deixar qualquer pessoa arrasada. Além disso, precisamos de incentivos, que medidas sejam feitas para atrair os consumidores. Acho que falta participação do poder público para alavancar de novo a Rua Teresa. A Dezesseis de Março que ia mal há pouco tempo está com ótimas vendas, tudo por conta dois eventos e nova decoração que os próprios empresários adotaram”, disse.
A empresária Rosângela Grijó afirma que o empresário não serão prejudicados com a reforma trabalhista, mas que os funcionários perderam direitos. “São medidas que geram economia para nós empregadores, mas não há como negar que os trabalhadores perderam direitos! Isso acaba desmotivando a classe que já anda marginalizada diante da crise que enfrentamos”, afirmou.