05/05/2022 08:00
O Dia das Mães já é, tradicionalmente, uma das datas comemorativas mais importantes para o comércio. Mas depois das dificuldades enfrentadas durante o pico da pandemia e as duas tempestades que atingiram a cidade nos últimos meses, a celebração que acontece no próximo domingo criou uma expectativa ainda maior entre os empresários de Petrópolis. Estabelecimentos de todos os setores criaram promoções e novos produtos com o objetivo de movimentar a economia e tentar sair da crise.
A Associação da Rua Teresa (Arte) espera um aumento de 15% a 20% nas vendas, aproveitando o avanço da vacinação, que deve deixar famílias mais confiantes em promover grandes encontros e, consequentemente, comprar mais presentes. A expectativa também é grande para os comerciantes da Rua 16 de Março. Para aumentar o movimento, sorteios, prêmios e música ao vivo vão acontecer no próximo sábado.
“São ações que visam melhorar o astral e a estima do comércio e da própria cidade. É fundamental que as pessoas voltem a frequentar nosso Centro, o momento é importante para o petropolitano apoiar o comércio local, valorizar produtos e empresas da cidade para garantir uma retomada mais rápida depois dos eventos de fevereiro e março”, disse Heitor Carneiro, empresário da 16 de Março.
As apresentações musicais acontecem às 15h e 17h de sábado, nas calçadas da 16 de Março. Já os sorteios e prêmios serão realizados pelas redes sociais da Rua 16 de Março.
Criatividade tem sido essencial para atrair clientes
Em meio à necessidade de se reerguer, a saída de muitos comerciantes tem sido a criatividade. Propostas personalizadas, buscando a aproximação entre mães e filhos são a principal aposta nesse dia das mães. Na cafeteria da Ana Paula, a possibilidade de personalizar cada detalhe de cestas de café da manhã foi uma das ideias para aumentar o movimento.
“A loja ainda está operando parcialmente, pois não tivemos tempo de repor tudo que foi perdido na chuva. Sempre trabalhamos com presentes no Dia das Mães, e agora isso é mais uma oportunidade de movimentar a loja. Como somos um empório mineiro, temos várias coisas para presentear, como doces, compotas, cafés especiais, cachaças. Pra personalizar, temos opções de cestas, onde o cliente pode escolher produtos de café da manhã, encomendar bolos, fazer do jeitinho que a mãe vai gostar. Como café traz lembranças boas, de estar junto, acredito ser uma ótima pedida”, disse Ana Paula Montenegro, dona de uma cafeteria no Centro. Pra ela, a expectativa é de aumentar as vendas com a data.
“Esperamos vender bastante e fazer algum faturamento, mesmo que ainda não estejamos operando 100%. Lançar as cestas foi uma maneira de aumentar o número de vendas e também de mostrar às pessoas que estamos abertos”, concluiu a empresária.
Instituições preveem queda nas vendas do varejo, mas movimento maior no setor gastronômico
A nível nacional, a expectativa pra o Dia das Mães aponta para uma celebração em conjunto, mas com menos presentes, depois de pelo menos dois anos em que a data aconteceu em picos da pandemia. A expectativa e que bares e restaurantes tenham um faturamento 30% maior do que em 2021, enquanto a previsão é que o varejo tenha uma queda de quase 2% no volume de vendas na comparação com o último ano.
“O dia das mães é o segundo melhor dia do ano em relação ao movimento nos restaurantes, ficando atrás somente do Dia dos Namorados. Este ano estamos caminhando para o fim da pandemia. E o fim das restrições, somado à vacina, gera ainda mais confiança para consumidor, que deve voltar a encher as mesas dos restaurantes nessa data especial”, destacou o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares, Paulo Solmucci.
Na contrapartida, a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo prevê um faturamento 1,8% menor para a rede de varejo brasileira neste Dia das Mães. Pelos cálculos da entidade, o volume de vendas deve atingir cerca de R$ 14 bilhões.
O ramo de vestuário, calçados e acessórios, que costuma responder pela maior fatia das vendas, deve seguir liderando, com avanço de 1,4% na previsão de faturamento, frente a 2021. Por outro lado, os segmentos de utilidades domésticas, e de eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos devem apresentar quedas de até 9,5%.