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  • 28/10/2017 11:35

    Após 10 meses de governo, já se pode fazer um primeiro balanço das ações e realizações de nosso governo municipal. E o que temos para analisar em termos de realizações efetivas? Em ações que trouxeram benefícios na qualidade de vida, na criação de novos postos de trabalho, na geração de rendas para a população? Quase nada. Uma ou outra coisinha aqui e ali de forma pontual e fora de um programa. Neste momento paro para pensar no que leva um Município à estagnação e ao retrocesso: viemos de duas administrações que foram totalmente infelizes em termos de gestão, a ponto do Município ter sofrido um empobrecimento a olhos vistos.

    Esta situação não é de hoje. O declínio foi lento, gradual e como sabemos não foi interrompido e sim, alimentado. E este novo governo de quem se esperava um rumo, um novo caminho (o que me lembra o slogan da campanha: "Um novo caminho para Petrópolis"), uma resposta, simplesmente, se escusa a tudo alegando uma herança maldita e uma dívida de algo em torno a 700 milhões (que, devido à falta de transparência, nem sabemos se este número é verdadeiro) e nada apresenta em termos de projetos para a solução dos graves problemas do Município. Apenas uma grande caixa de maldades contra o funcionalismo foi levada a efeito. 

    Já tive oportunidade de afirmar que em um Município onde a Prefeitura é a maior empregadora, contra seus desmandos e suas inércias, vozes não se elevam, a sociedade dá de ombros como que vencida. Sim, vencida porque não pode se levantar contra quem está pagando seu supermercado: é questão de sobrevivência. E os vereadores, representantes do povo, deixam de ser povo no momento em que são eleitos. Vereadores, cujo papel principal seria o de fiscalizar os desmandos do executivo, se curvam em uma subserviência a este, por razões e motivos sobejamente conhecidos em um Município pequeno. E nada é feito para conter a audácia dos canalhas, como bem falou Benjamin Disraeli; "O momento exige que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas". E a pergunta que se impõe é: onde está a coragem para isto?

    Muitos acreditam na real necessidade de se conter despesas, e por corolário lógico também eu. Mas a penalização foi exagerada. A estimativa é de uma redução de 60 milhões anuais; para tanto foi levada a efeito uma redução de salários. Um grande equivoco!,Nao se corta salários. Corta-se na carne, nas despesas do próprio executivo, como  publicidade por exemplo. A moderna gestão busca meios e mecanismos de aumentar a receita, como atrair empresas por exemplo. Não se pode exigir mais sacrifícios ainda do cidadão.

    Infelizmente os que estão dentro do governo, seus amigos, os apaniguados, os protegidos, os que enriquecem fazendo negócios com o governo, para estes, vale o ditado popular, "por mais que você mostre, prove, argumente, não faz diferença: as pessoas só enxergam o que querem enxergar". 

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