• Deus se comunica conosco

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  • 06/07/2018 11:55

    Em Gênesis 3, dos versículos 8 a 13, vemos Deus andando pelo Jardim do Éden e procurando pelo ser humano. Adão e Eva haviam se escondido porque haviam desobedecido a Deus e comido da fruta da árvore proibida. Deus vai em busca do ser humano e o chama: “Onde estás.” Adão responde: “Ouvi a Tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo e me escondi.” E Deus novamente pergunta: “Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Que é isso que fizeste?”

    Deus fala! Deus escuta! Deus pergunta! Deus busca! 

    Vejam: Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança. Como seres comunicativos. Com capacidade para amar, pensar, dialogar, agir, criar, construir, unir, decidir e aprender. 

    Deus é o Criador e nós somos Suas criaturas. E, nessa relação entre o Criador e a Sua criatura, Deus propõe ao ser humano a escolha de uma obediência livre no reconhecimento da amizade divina. 

    No entanto, com a liberdade que Deus deu ao ser humano, este optou pela independência, pela autonomia, pelo egoísmo. Não aceitou viver com os limites colocados por Deus. Ele come do fruto proibido. Nega, assim, sua condição de criatura. Em vez de confiar em Deus, honrar e respeitar a majestade e soberania do Criador, os seres humanos se deixaram levar pelo engano, pela ambição, pela ilusão e pelo poder. Com isso, acabou a paz, a alegria, a confiança, a comunhão e a harmonia no paraíso. Conhecemos as tristes consequências desta atitude: culpa, vergonha, medo, fuga, um buraco existencial, uma vida perdida e sem sentido, sem rumo.

    Mas, apesar da escolha infeliz do ser humano, Deus não abandonou suas criaturas. Deus vai atrás! Deus ama a humanidade. Sabe perdoar. Sabe restaurar. Deus quer ser amigo e companheiro dos seres humanos que criou. No entanto, eles esconderam-se de Deus.

    E Deus perguntou: “onde estás?” Deus ão desistiu deles! Nem se aproxima com condenações, com acusações, com rejeição, com raiva, mas com uma pergunta: “onde estás?” E assim começa o projeto de restauração, de reconciliação e salvação de Deus para com o ser humano caído em pecado. 

    Por isso, a Bíblia é uma história de amor de um Deus que não abandona ninguém, que vai atrás das ovelhas perdidas, que mandou o Seu Filho para buscar e salvar o perdido (Lucas 15; 19.10). Deus quer restaurar e cuidar do que é Seu. 

    O homem respondeu com sinceridade a pergunta do Criador: “ouvi a Tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo e me escondi”. Por que se escondeu? Vergonha, medo, culpa. Sem recriminação, Deus ainda pergunta: “Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” Em vez de assumir sua responsabilidade, quer culpar a mulher. Então, Deus pergunta a ela: “Que é isso que fizeste?”

    Por que há tanta maldade no ser humano e no mundo? Se o mundo não é o que Deus quer, então quem é responsável pelo caos no qual se encontra? Com certeza, não é Deus o responsável.

    Deus não mudou nem desistiu de seu plano para o mundo que criou. O problema é que as pessoas ignoram os limites e suas responsabilidades e se colocam como donas absolutas de suas escolhas e de seu comportamento moral. Fazem uso abusivo da liberdade! A humanidade é culpada pela situação do mundo. Apesar das consequências duras e duradouras da desobediência a Deus, Deus não matou Suas criaturas, e a vida continua com a proteção divina e uma promessa de salvação.

    O paraíso da harmonia do Criador, das criaturas e da criação ainda existe como utopia e como possibilidade. Deus continua procurando pessoas derrotadas, frustradas, rebeldes, culpadas e perdidas e ainda pergunta: “Onde estás?” É uma pergunta que oferece uma segunda chance e dá espaço para o ser humano possa se expressar, arrepender-se e mudar. 

    Deus fala conosco e nós podemos falar com Deus. Deus nos faz perguntas e também podemos fazer perguntas para Deus. É diálogo. É comunicação. Neste diálogo com Deus, precisamos reconhecer nossa fraqueza, nossas falhas, nossa desobediência e nos colocarmos diante do Criador em humildade, aceitar Seu perdão (“nem eu tampouco te condeno”) e não rejeitar a segunda chance que Ele nos dá (“vai e não peques mais” – João 8.11).  

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos, às 9h. Tel. 24.2242-1703

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