• “Desde a infância, fui envolvida na arte da costura pela minha mãe”, diz empreendedora petropolitana

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  • Por Aghata Paredes

    Ao longo do tempo, a costura evoluiu de uma habilidade necessária à sobrevivência para uma forma de arte e expressão. Atualmente, ela abrange uma ampla variedade de técnicas e estilos, transitando pela moda artesanal e de rua até a alta costura, e desempenha um papel importante na indústria têxtil. Sobretudo, na vida das pessoas envolvidas nesse processo.

    Em Petrópolis, duas mulheres, Valéria da Silva, 45 anos, e Marlene Soares, 76 anos, mãe e filha, encontram na relação com linhas e agulhas histórias que merecem continuar sendo contadas e o fazem, através da CosturArte, marca petropolitana localizada na Rua do Imperador, no Centro Histórico, dedicando-se principalmente à realização de consertos e reparos. 

    “Desde a infância, fui envolvida na arte da costura pela minha mãe [Marlene], que transformou essa habilidade em uma fonte de renda extra quando ficou grávida. Aprendi tudo o que sei com ela. Sempre nos divertimos criando modelos diferentes para eventos e deixando nossa imaginação voar com os tecidos. Graças a minha mãe, desenvolvi minha profissão na área da costura”, conta Valéria. 

    De abadás a fantasias e roupas festivas, como o traje do bom velhinho, confeccionado para o Natal Imperial, ambas já participaram de diversos eventos na cidade onde residem. “Sempre fiz questão de trabalhar em conjunto com minha filha em todas as peças de costura, tornando cada projeto especial pelo tempo que passamos juntas. É algo profundamente gratificante para mim. Confeccionar isso juntas nos encheu de felicidade e orgulho”, diz Marlene.

    A palavra de ordem é arte, e o processo pode não ser exatamente linear, como ressalta uma memória da petropolitana na ocasião de sua festa de 15 anos. “Tinha escolhido um tecido especial que acabou se transformando em tudo, menos no blazer desejado para minha festa [risos]. Também guardo com carinho as memórias dos natais em que minha mãe costurava vestidos novos, muitas vezes terminando-os quase na hora da ceia”, lembra Valéria.

    Assim como a filha, Marlene também foi influenciada por mulheres de sua família. “A costura sempre foi uma tradição lá em casa, passando de geração em geração. Desde jovem, desenvolvi esse gosto ao ajudar minhas tias nos trabalhos de costura”, lembra.

    Valéria reflete com orgulho sobre o legado de sua mãe não só na arte de unir linhas, mas na vida que ela proporcionou aos filhos graças a essa paixão. “Para mim, a arte da costura não apenas fortalece os laços entre nós, mas também é uma fonte de gratidão eterna. Aprendi esse ofício com ela e carrego comigo esse legado: uma mãe que criou três filhos com sua habilidade autodidata”, conclui.

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