A polícia está investigando o desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, vista pela última vez no dia 29 de fevereiro em um shopping no Centro de Petrópolis. Até o momento, quatro pessoas foram presas preventivamente.
Segundo as investigações, o mentor do crime era funcionário e amigo da família da vítima há cerca de três anos. Ele se apresentou falsamente como policial federal e, com isso, começou a prestar serviços de segurança pessoal, tendo acesso irrestrito a cartões de crédito e senhas. Para o crime, ele contou com a ajuda dos filhos e de uma mulher com quem mantinha relacionamento amoroso.
Inicialmente, com o desaparecimento, o funcionário retardou o início das investigações, ao não deixar que a família denunciasse o caso à polícia. Sem conhecimento da identidade dos sequestradores, o marido da vítima pagou aproximadamente R$ 4,6 milhões para libertá-la do sequestro, mas ela não foi solta.
Apesar do desaparecimento ter ocorrido no dia 29 de fevereiro, o caso só foi apresentado à Polícia Civil no dia 14 de março, duas semanas depois. Segundo as investigações da Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os beneficiários do valor pago pelo resgate foram o funcionário e os demais acusados.
No dia do pagamento do resgate, o grupo criminoso adquiriu um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pagos em espécie. Além do veículo, uma motocicleta e 950 celulares foram adquiridos pelos acusados com o dinheiro obtido. Além disso, o marido da desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias por orientação do funcionário e em contas por ele indicadas para aquisição de dólares, também para pagamento do resgate.
Ainda de acordo com as investigações que vêm sendo conduzidas, existe a suspeita de que a vítima tenha sido assassinada, com o cadáver sendo ocultado. Também há indícios dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.