• Deputado defende novo modelo de financiamento para o transporte público

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  • 12/05/2021 14:29
    Por Redação / Tribuna de Petrópolis

    Deputado Hugo Leal defende novo modelo de financiamento para transporte público

    Preocupado com os problemas do transporte público no país, agravados durante a pandemia, o deputado federal, Hugo Leal (PSD), afirma que o transporte público precisa ser encarado como um serviço público e um direito social. Esta crise, segundo o deputado, atinge diretamente a população e se agrava quando não é visto como um direito social concedido pelo poder público, mas, apenas como um negócio, pautado na tarifa e no lucro das concessionárias.

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    Entre os muitos problemas apontados pelo deputado e que necessitam de solução está os mais de 66 mil postos de trabalho perdidos em todo o segmento de transporte público urbano de passageiros, de janeiro a dezembro de 2020, segundo dados do Painel do Emprego da Confederação Nacional do Transporte (CNT). “Isto acarreta uma diminuição na frota e como consequência ônibus lotados durante a pandemia, quando a orientação é para o distanciamento social”.

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    Em Petrópolis a situação não é diferente e o transporte público, como outros setores da economia enfrenta a crise financeira e estrutural, como em diversas cidades do país. Número de linhas reduzidas, horários reduzidos e em determinados horários, os ônibus lotados. Assim como em outras cidades, para o deputado, o transporte público em Petrópolis precisa passar por uma ampla discussão, que vai além do valor da tarifa e da mobilidade urbana, mais um olhar para o que de fato representa a concessão do transporte público, como um direito social como está definido na Constituição.
    Para o deputado do PSD é fundamental que se tenha uma discussão séria no país, principalmente nos municípios onde a população sente diretamente os problemas do transporte público. Para o deputado é preciso buscar um modelo de financiamento onde o transporte individual subsidie o transporte público. Este tipo de modelo, segundo ele, é prático em diversos países e o resultado, segundo Hugo Leal, traz muitos benefícios para população.

    Quando afirma que a discussão na busca de um modelo que financie o transporte público deve ser feita em todo país. O deputado federal lembra que este serviço público é um direito social previsto na Constituição. “Precisamos buscar a fórmula para que o Poder Público tenha recursos, como acontece em setores como saúde e educação, para garantir esse direito” afirma o deputado.

    Em recente artigo, o deputado lembra que a “crise do transporte público de passageiros vem se agravando nos últimos anos e ficou inteiramente escancarada com a pandemia de covid-19, que teve como consequência restrições severas à circulação de pessoas e a redução drástica do número de usuários”.

    A fuga de passageiros, segundo deputado, não foi apenas um efeito da pandemia, mais ocorreu nos últimos anos como resultado de vários fatores, entre eles a deficiência do sistema e o preço alto da tarifa. Ele lembra as manifestações de 2013 que ocorreram no país por causa do aumento de 20 centavos. Para Hugo Leal a sociedade precisa se organizar e discutir o problema tendo consciência que o transporte público é uma concessão de um serviço de direito social, como está na Constituição, e com um olhar a partir da população e não pautada pela tarifa e a concessão como um negócio que precisa dar lucro.

    Para ele, se a discussão não mudar o foco, todas as medidas serão paliativas e sem resultado para população. De acordo com dados apurados pelo deputado, um levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) nas maiores cidades do país, 10 operadoras de transportes e um consórcio suspenderam as atividades; quatro operadoras encerraram suas atividades; uma operadora e um consórcio operacional sofreram intervenção na operação; e quatro operadoras tiveram seus contratos suspensos. “Isto pode ocorrer em qualquer cidade se não houver uma mudança de postura do gestor público em olhar a concessão do transporte público como um direito social”, finalizou o deputado.

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