Depois da pandemia e duas enchentes cresce em 172% o número de moradores de rua
O crescimento da população em situação de rua em Petrópolis cresce inversamente à proporção em que é assistida. Em 2017 se falava oficialmente em 130 pessoas morando nas ruas de acordo com levantamento da prefeitura. O número ficou ‘estável’ (ainda que não se possa dizer que exista uma normalidade em uma situação sub-humana) até 2019, com cerca de 140 pessoas nas ruas. Mas deu um salto nos anos seguintes com 245 pessoas em situação de rua, número informado pela equipe de Consultório de Rua, um programa da Saúde, dados enviados oficialmente à Defensoria Pública.
Número pode ser maior
Hoje, no entanto, seriam 354 inscritas no CadÚnico, que dá acesso a benefícios do governo federal, que se autodeclararam em situação de rua. E olha que este número é de 2020. O crescimento é de 172% em apenas cinco anos. Mas, pode ser que divirja com os dados da prefeitura que faz o atendimento presencial deste público. No entanto, qualquer número acima de 250 já é alarmante. E ainda precisam ser atualizados os dados de 2021, ainda ano de pandemia e 2022, após duas enchentes.
As barracas da Bauern
Ô tema para dar polêmica, né? Pelo DataPartisans não passa um ano sem dar um estresse com o assunto. E o pessoal ficou todo doído desta vez porque e perguntou se as barracas da Bauern não ficaram destruídas nas enchentes ao contrário do que a prefeitura apregoou de que estariam danificadas desde a gestão passada. Mas, gente… É uma questão de calendário. Se estavam sendo usadas até 06 de janeiro, Dia de Reis, e as enchentes foram em 15 de fevereiro e 20 de março e atingiram o depósito do Instituto Municipal de Cultura na Mosela…
Agora, mete os peitos
Mas, vamos combinar o seguinte: o negócio é resolver, afinal, falta pouco mais de um mês para a festa. Depois pode pegar um inventário que a TurisPetro/IMC fizeram ano passado e conferir, ver como foi a enchente no galpão, abrir uma ação para responsabilização, escolher um lugar mais seguro, essas coisas básicas…
Balanço geral
E ainda falando nisso, porque a prefeitura não faz – e divulga – tudo o que estragou nas enchentes em repartições públicas? Desde o imóvel em si, como a UPA Centro, ainda interditada, assim como equipamentos danificados, processos perdidos etc. Um inventário do estrago, afinal, é dinheiro meu, seu, nosso.
Documentário
E a prefeitura investiu R$ 10 mil em um documentário sobre “o trabalho de um grupo de servidores municipais na resposta às chuvas de fevereiro e março de 2022”. Segundo a prefeitura, é um registro histórico sobre a atuação em obras, limpeza urbana, assistência social e defesa civil. E o filme estreou já na sexta-feira, no Centro de Cultura Raul de Leoni, em uma sessão exclusiva para os servidores municipais. Depois disso, o filme seria disponibilizado na internet, mas até agora, nada.
Fora Cascatinha?
Um Partisans passando ali pela entrada do Carangola notou uma faixa patrocinada pelo vereador Fred Procópio com a inscrição ”#foracascatinha”. Ué, mas é para acabar com o segundo distrito ou é uma manifestação contra a empresa de ônibus que opera na região?
Tá fraco
Quem participou da audiência na 4ª Vara Cível para tratar da reconstrução da cidade sentiu vergonha alheia pelos representantes do estado e da prefeitura. Descompasso de ações, de diálogo e de ações.
Vou me informar melhor
Em determinado momento da audiência perguntaram ao procurador da Prefeitura, Miguel Barreto, porque não tinham sido apresentadas ainda as informações sobre o avanço do plano de redução de risco de desastres. Ele disse que não sabia e que ficou de perguntar à Defesa Civil.
Ué, mas já acabou?
E a Comissão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio que fiscalizava as obras de reconstrução de Petrópolis? Mas, já acabou? Não ia virar uma CPI?
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