• ‘Democratas pensaram que eu iria prejudicá-los nas disputas’, diz presidente Joe Biden

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  • 11/ago 14:40
    Por Ana Ritti / Estadão

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, explicou em entrevista ao programa de televisão CBS Morning exibido neste domingo, 11, sua decisão de se retirar da disputa à Casa Branca em novembro. O democrata afirmou que as pesquisas indicavam uma disputa acirrada, o que gerou temores dentro do partido.

    “O que aconteceu foi que meus colegas democratas na Câmara e no Senado pensaram que eu iria prejudicá-los nas disputas. E eu estava preocupado que, se eu continuasse, esse seria o caso”, disse Biden ao jornalista Robert Costa.

    Biden declarou ainda que, quando concorreu à presidência pela primeira vez, em 2020, ele se via como um “presidente de transição”, mas “as coisas mudaram depressa e isso não ocorreu”.

    Além disso, ele indicou que sua retirada da corrida era uma forma de manter a democracia americana. “A questão crítica para mim ainda é – e não é brincadeira – manter essa democracia. Eu pensei que era importante”, afirmou.

    “Embora seja uma grande honra ser presidente, acho que tenho uma obrigação com o país de fazer a coisa mais importante, e isso é: nós devemos, devemos, devemos derrotar (Donald) Trump”, disse.

    Na entrevista, Biden afirma que não acredita que Donald Trump vai aceitar o resultado da eleição em novembro. Questionado se estava confiante em uma passagem de poder pacífica em janeiro de 2025, Biden afirmou: “Se Trump vencer não, não estou confiante… Quero dizer, se Trump perder, eu não estou nem um pouco confiante”, disse, corrigindo-se. No pleito de 2020, o candidato republicano não reconheceu sua derrota.

    Biden destacou, ainda, que Trump não é levado a sério em suas ameaças. “Ele fala sério. Toda essa coisa de ‘se perdermos, haverá um banho de sangue’… Olha o que estão tentando fazer nos distritos eleitorais onde se contam os votos. Estão colocando pessoas que vão ‘contar os votos”, disse o presidente.

    Em março deste ano, Trump disse que um banho de sangue aconteceria caso ele não fosse eleito e, mais tarde, defendeu-se afirmando que se referia a uma “carnificina econômica”, destacou no programa da CBS.

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