• Demagogia ou boçalidade?

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  • 25/05/2016 11:00

    Alguém já disse que existe diferença entre ignorantes e burros, sendo que o ignorante é aquele que ignora algum tema, já o burro, é o que se julga o máximo em sapiência. Mas o autor de tal sentença se esqueceu do “boçal”, aquele que é culto mas teimoso em suas opiniões por fanatismo ou interesse próprio que vem a se confundir até com o demagogo.

    Apesar de termos que respeitar opiniões alheias, há certas reações pessoais que chegam a nos confundir como defini-las, se teimam em bater na mesma tecla de argumentações não plausíveis nem convincentes.

    Alegam que é “golpe” por se jogar fora milhões de votos dados à Da. Dilma, esquecendo-se de que cada um tem o direito de se  arrepender de qualquer ato praticado, como já preconizava o poeta alemão Goethe: “ Não me importo de me contradizer porque não me envergonho de raciocinar”,  portanto, muitas figuras conhecidas já declararam publicamente seu arrependimento. Por outro lado, os que aí estão a criticar, presume-se que apóiem a espoliação da Petrobrás, a crise nas indústrias e consequentes desempregos e devem estar satisfeitos com a inflação galopante além de se conformarem com a violência desenfreada, iniciada e apoiada pelos governos posteriores ao regime militar, como foi o caso de Brizola que proibiu a polícia de entrar nas comunidades ou o conluio de Lula com as Farcs (conforme vídeo gravado no Foro de SP).

    O povo, coitado, essa massa conduzida pra lá e pra cá ao sabor dos demagogos, aceitam tudo, em tudo acreditam, até em que o plano real foi criação de Lula e que Da. Dilma é honesta e de passado imaculado como propagam as mentiras que querem transformar em verdades. Ninguém raciocina que “honestidade” não é um comportamento passageiro, de validade limitada.

    Portanto, o que pretendem esses ditos “artistas” ao levarem mentiras demagógicas para o exterior – desmoralizar o país ou defender seu quinhão com uma “cultura” duvidosa quando um ex-ministro da cultura compôs uma música com um refrão de “quer alho, quer alho”? Que cultura é essa que querem passar para as massas a não ser a de baixo nível ? E é esse Ministério da Cultura que a classe artística tanto reivindica que se propôs a “traduzir” a obra de Machado de Assis – creio que um fato inusitado no mundo – com a pretensão de torná-la mais fácil de assimilação às novas gerações, roubando-lhes a oportunidade e o direito de se ilustrarem com o vernáculo puro já tão desmoralizado e ignorado hoje em dia, quando gíria se tornou vernáculo e pornografia se transformou em gíria torta.

    É lamentável a visão individualista de determinado seguimento de atores que só se importa com sua classe em detrimento do país, que atravessa um verdadeiro caos, se manifestando contra um governo legalmente empossado, por certo menos ruim que o anterior e por direito constitucional, para quem temos a necessidade de depositar algumas esperanças, contrariando determinados boçais que, na falta de melhores críticas, reclamam da ausência no ministério de mulheres e negros – argumento faccioso.

    Se analisarmos o segmento político, não encontraremos nenhum lider confiável por mais que possam as agências publicitárias transformar em ídolo – como as massas gostam e se deixam embrulhar – modalidade que já mostrou sua faceta “corrupta” e mentirosa – só nos restando aceitar, até prova em contrário, mas não tumultuar de início o que ainda nem começou. – jrobertogullino@gmail.com

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