• Deltan presta depoimento à Polícia Federal sobre críticas ao TSE

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  • 05/06/2023 15:31
    Por Rayssa Motta / Estadão

    O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 5, sobre as críticas feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi ouvido como investigado.

    A audiência por videoconferência durou cerca de uma hora e meia. O depoimento estava marcado na semana passada, mas foi adiado a pedido da defesa. O advogado argumentou que não sabia da investigação e pediu tempo para se inteirar do caso.

    “Todas as perguntas feitas pela Polícia Federal foram respondidas por Deltan”, informou a assessoria do deputado ao final do depoimento.

    O TSE cassou o ex-procurador da Lava Jato, em um julgamento unânime no mês passado. Dallagnol já recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o mandato. As chances de vitória, contudo, são remotas.

    Enquanto aguarda um desfecho sobre o seu futuro político, o deputado não poupa críticas ao TSE. Ele afirmou, por exemplo, que o ministro Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral, que liderou o julgamento, teria trocado a decisão pela possibilidade de uma vaga no STF.

    “O ministro condutor do voto trouxe um voto que objetiva entregar a minha cabeça em troca da perspectiva de fortalecer a sua candidatura ao Supremo”, disse Dallagnol em entrevista à Folha de S.Paulo.

    O ex-procurador da Lava Jato afirma que a entrevista foi concedida na condição de deputado e está protegida pela imunidade parlamentar.

    A defesa voltou a pedir nesta tarde que o sigilo do caso seja levantado. O relator do inquérito no STF é o ministro Alexandre de Moraes.

    Dallagnol foi o deputado mais votado pelo Paraná. Atos em defesa do ex-procurador foram organizados em Curitiba e em São Paulo. Apoiadores do ex-chefe da Lava Jato também têm criticado o Tribunal Superior Eleitoral. Cartazes erguidos nos protestos afirmam que as vozes de seus eleitores foram caladas e que “perseguição política não é justiça”.

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