• Delegado Alexandre Ziehe assume a 7ªDPA, responsável por 16 cidades

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  • 20/12/2016 10:45

    A 7ªDPA (Delegacia de Polícia Administrativa), responsável por 16 cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro, já está sob gestão do delegado Alexandre Ziehe. Com a transferência dele, que era o titular da 105ªDP, algumas mudanças aconteceram na delegacia. O delegado Cláudio Batista assumiu o posto de titular e o ex-chefe do setor de Investigações de Homicídios, Entorpecentes e Captura, Renato Rabello, deixou o cargo na última quinta-feira. A convite de Ziehe, Renato coordenará agora o setor de Operações de Capturas da 7ªDPA.

    De todas as unidades da Região Serrana, as quatro maiores são Petrópolis, Teresópolis Três Rios e Nova Friburgo. As demais cidades abrangem os municípios menos populosos. A base da 7ªDPA é em Teresópolis, porém nos próximos meses um núcleo será montado em Petrópolis. 

    “É um desafio, uma responsabilidade, mas é algo que para mim não é estranho, porque já trabalhei como corregedor regional por cerca de cinco anos e não pude acumular com a 105ªDP. São quatro anos à frente da delegacia com algumas práticas exitosas com relação ao tráfico de entorpecentes, homicídios e mandados de prisão na gestão da unidade. É isso que eu pretendo levar para as outras unidades não só em Petrópolis. Tenho muito orgulho de ter trabalhado aqui e posso voltar quando quiser com tranquilidade. Deixei as portas abertas em todos os lugares que passei e tive um relacionamento muito bom como todos que privilegiaram o trabalho da Polícia Civil. Tenho certeza que o Cláudio, Fernanda e Juliana vão ter o caminho aberto e manterão os índices de excelência. Vai dar tudo certo, pois temos boas práticas a serem postas em uso nas delegacias”, garante Ziehe. 

    O delegado já realizou algumas ações em Três Rios e Teresópolis. Novos delegados foram titulados em ambas delegacias. “Com pessoas novas e empenhadas acreditamos que as mudanças são possíveis muito embora temos consciência da falta de recursos que trabalhamos”, critica Ziehe, que ainda conta que a Polícia Civil opera hoje com 10 mil homens, sendo que desse número 1/3 do efetivo está apto a se aposentar. 

    O delegado titular da 7ªDPA ressaltou a parceria com a Polícia Militar. “Trabalhar em conjunto foi um grande segredo e fórmula para o sucesso. Também tivemos parceria com juízes da varas doméstica e da infância e Ministério Público. Todos os juízes e promotores sempre valorizaram nosso trabalho. Agradeço a todas essas pessoas, além, é claro, da população”.


    Excelência e comprometimento resultaram em bons números

    Durante os quatro anos da gestão, Ziehe acumulou números significativos na 105ªDP. A equipe coordenada por Renato efetuou 540 mandados de prisão de 2013 até 8 de dezembro de 2016. Os números cresceram gradativamente a cada ano. Oitenta e sete flagrantes foram realizados. As apreensões somaram 6.030g de maconha, 14.650g de cocaína, 115 pedras de crack e 16 armas de fogo. No período foram registradas 2.614 ocorrências envolvendo entorpecentes.

    Em 2013 aconteceram oito homicídios e todos foram solucionados. Em 2014 foram nove, sendo que sete tiveram solução. No ano de 2015 foram 18, sendo16 solucionados. Já neste ano, até o dia 8 deste mês, aconteceram 15 homicídios e 9 foram desvendados.

    O convite a Renato será para difundir os bons resultados nas delegacias regionais, principalmente nos polos, segundo Ziehe. “Vamos levar boas práticas de investigação para que os nossos colegas possam alcançar êxitos nos cumprimentos de mandados de prisão como foi em Petrópolis. A 105ªDP com certeza é uma das delegacias do estado do Rio que mais efetua o procedimento, além da nossa experiência em investigação de homicídios”, afirma.

    A admiração e a confiança em ambos trabalhos é clara e talvez esse seja o motivo de comprometimento da dupla. Para Renato, o novo trabalho é um desafio. “Estou entusiasmado, o Alexandre é um ótimo gestor, já ganhou prêmios e é um dos melhores delegados do Brasil”, disse.

    Nesses quatro anos, de acordo com Renato, o que Ziehe mais cobrou da equipe foi parceria com a Polícia Militar. “Conseguimos o êxito e o sucesso trabalhando em conjunto e isso deu brilhantismo a operações como a Playboy e Castelo”, diz Renato. 

    Ele agora será o responsável pelos municípios de Três Rios, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Carmo, Sapucaia, Santa Maria Madalena e Rio das Flores. Segundo o investigador, Petrópolis e Friburgo são as cidades com maior índice de tráfico de drogas. “Este é o carro-chefe por desencadear outros crimes. Ele resulta na violência doméstica, roubos dentre outros crimes. A droga é responsável pela maior parte da criminalidade do dia a dia. Se não houvesse usuários não haveria o tráfico”. 

    Questionado sobre as atuações mais importantes, Renato disse que há felicidade ao desvendar um crime. “Porém, a alegria de prender uma pessoa não existe, porque tem o outro lado da história, que é a família, que chora. Aprendemos a conviver com esse tipo de situação. O que fica sempre é a sensação de dever cumprido. Capturei o responsável por decapitar uma senhora em São Paulo e quando a família soube enviou uma carta em agradecimento ao Alexandre. Não deviam ter mais esperanças do crime ser solucionado. Isso nos orgulha, mas não vai trazer a pessoa de volta”.


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