Defesa de Taiwan promete responder às incursões aéreas militares da China
O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse nesta quarta-feira, 5, que a ilha responderá a incursões em seu espaço aéreo por aviões de guerra e drones chineses, mas não deu detalhes sobre ações específicas. Respondendo a perguntas dos legisladores, ele disse que a nova postura agressiva da China mudou o que Taiwan definiria como um “primeiro ataque” que exigiria uma resposta.
A China intensificou seus exercícios militares, disparou mísseis em águas perto de Taiwan e enviou aviões de guerra através da linha divisória no Estreito de Taiwan em resposta a uma visita à ilha em agosto pela presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a autoridade americana de mais alto escalão a visitar Taiwan em 25 anos.
A China nega a existência da linha mediana do Estreito de Taiwan e desafiou as normas estabelecidas disparando mísseis sobre Taiwan na zona econômica exclusiva do Japão. Até agora, Taiwan respondeu às incursões chinesas em sua zona de identificação de defesa aérea por meio de alertas, acionando jatos e ativando defesas antimísseis e antiaéreas.
A crescente frequência de tais incursões estimulou um esforço em Taiwan para otimizar suas vantagens geográficas na resistência a um inimigo muito mais poderoso por meio de guerra assimétrica, como o uso de sistemas de armas móveis adequados para repelir uma força de invasão. A invasão da Ucrânia pela Rússia também trouxe um novo foco na promessa da China de colocar Taiwan sob seu controle, pela força, se necessário.
A grande maioria dos taiwaneses rejeita a ideia de ficar sob o controle do autoritário sistema comunista da China. O fracasso da Rússia em alcançar seus objetivos militares na Ucrânia foi um tiro pela culatra para aqueles que defendem a contraofensiva de Taiwan contra as tentativas da China de isolamento diplomático, cultural e econômico.