• Defensoria recomenda intervenções imediatas no Atílio Marotti

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  • Prefeitura tem até sexta para realizar vistorias e limpezas na região

    07/04/2022 05:00
    Por João Vitor Brum, especial para a Tribuna

    A Defensoria Pública continua com os trabalhos de fiscalização em bairros da cidade afetados pelas chuvas de fevereiro e março. Enquanto a Prefeitura tem até esta quinta-feira, para realizar mais de 44 providências, apenas na região do Quitandinha, nesta quarta-feira, 6, foi expedida uma nova recomendação do 8º Núcleo Regional de Tutela Coletiva da Defensoria que pede intervenções urgentes em pelo menos cinco pontos do Atílio Marotti. A Prefeitura tem dois dias para concluir os itens citados no documento.

    De acordo com o documento, “foi possível constatar locais que foram invadidos por lama e destroços oriundos de deslizamentos que não foram retirados até hoje de dentro das moradias”, além de “casas com sérios riscos de desabamentos, na beira de encostas formadas pelas chuvas, sem nenhuma interdição ou sinalização da Defesa Civil”.

    Segundo a recomendação, assinada pela coordenadora regional da Defensoria, Luciana Lemos, os moradores da comunidade estão “vivendo dias angustiantes e de profunda tristeza, diante do evidente desamparo e descaso por parte do Poder Público, além de correrem sério risco à sua integridade física diante da total insegurança que estão sendo obrigados a enfrentar sem qualquer tipo de resguardo”.

    Entre os problemas, um dos mais graves é um casa na Rua Atílio Marotti, que, de acordo com o relato da Defensoria, foi invadida por terra de um deslizamento e está prestes a cair de um barranco. Mesmo com o alto risco, segundo o documento, os moradores ainda estão morando no local e nenhuma vistoria foi feita pela Defesa Civil.

    Ainda na via principal do bairro, um outro trecho atingido por um deslizamento também é motivo de preocupação. No local, uma grande barreira está próxima às residências e uma escola, e o serviço de desobstrução completa da via ainda não foi concluído, aponta o documento.

    Já no ponto final do ônibus que atende o local conhecido como Cantinho da Esperança, uma grande encosta, sem nenhum tipo de contenção, também tem assustado os moradores. Segundo a Defensoria, há relatos de pedras que já rolaram da encosta e caíram perto de casas situadas abaixo. Outro trecho do bairro com problemas é no Centro Esportivo da comunidade, onde parte da calçada cedeu, levando um poste, além de uma encosta atrás do vestiário do campo de futebol que está desmoronando. 

    Por fim, a Defensoria destaca uma laje sem estrutura adequada para sustentação, também na Rua Atílio Marotti. O imóvel estaria com risco de cair com uma chuva forte e cabos de alta tensão passam ao alcance das mãos de quem fica no local. De acordo com moradores da comunidade, o espaço é usado por crianças para soltar pipa.

    Para todos os casos, a Defensoria recomenda que a Prefeitura realize vistorias imediatas, e, em caso de necessidade, que encaminhe os moradores dos locais em risco para receber benefícios como o aluguel social. 

    Também foi recomendada a limpeza urgente nos locais que ainda estão cobertos por lama e entulho, além de visitas de equipes de Assistência Social na comunidade para inscrever famílias no CadÚnico e fazer doações de itens necessários. A Prefeitura tem até sexta-feira para seguir a recomendação.

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