• Defensor do Estado mínimo descartou fundo eleitoral

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  • 02/10/2022 08:50
    Por Felipe Siqueira / Estadão

    Fundado em 2011 e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015, o Novo concorreu à Presidência da República pela primeira vez em 2018 e conseguiu certo destaque. João Amoêdo ficou em quinto lugar, com 2,5% dos votos válidos, o que representou mais de 2,6 milhões de eleitores.

    Para 2022, havia grande expectativa com relação à candidatura de Felipe d’Avila. Afinal, o Novo ganhou musculatura, governa o segundo maior colégio eleitoral do País – Minas Gerais – e possui oito deputados federais. Mas as pesquisas de intenção de voto indicam que nem mesmo o desempenho de Amoêdo de quatro anos atrás será repetido desta vez. D’Avila, no melhor dos cenários, tem 1%.

    Como o Novo optou por não usar recursos do fundo eleitoral e, sem aliados na coligação, o candidato não teve muito dinheiro nem tempo de exposição no horário eleitoral na TV e rádio. Foram apenas 19 segundos a cada bloco de 12 minutos e 30 segundos.

    Cientista político, escritor e fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), Felipe d’Avila tem 59 anos e é casado com Ana Maria Diniz, filha do empresário Abilio Diniz. Com o discurso de que “o Brasil precisa de um pacificador”, o candidato tentou atrair o eleitorado anti-Bolsonaro e anti-Lula com a promessa de que o Novo era o único partido comprometido com a construção de uma terceira via. Suas principais pautas ao longo da campanha foram a responsabilidade fiscal e o liberalismo econômico.

    TEMAS

    Nos debates, D’Avila focou no combate à corrupção e na defesa do Estado mínimo. Direcionou críticas aos adversários Bolsonaro e Lula, a quem chamou de Barrabás. Porém, virou meme na internet depois de dizer que é “um cidadão como qualquer outro”.

    Nas redes sociais, a fala do candidato provocou reações pelo fato de ele ter o maior patrimônio declarado entre todos os postulantes à Presidência da República este ano: mais de R$ 24 milhões, entre imóveis e aplicações financeiras. Em outro momento, o candidato do Novo errou o nome da Lei Maria da Penha, que chamou de “Maria da Paz”.

    D’Avila defendeu durante a campanha pautas como uma nova reforma trabalhista, privatizações e o estímulo ao federalismo, bandeiras já conhecidas do partido Novo.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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