Debate pode ser decisivo para definir quem vai ao segundo turno com Hingo
Existe uma fuga dos debates em todo o país. Para sermos justos, isso não é de hoje. Porém, este ano, está mais evidente. Em alguns casos, os candidatos deixaram de ir aos embates em protesto contra concorrentes que querem lacrar ou como estratégia para não dar palanque a eles. Outros faltam porque não se saíram bem em edições anteriores e temem repetir o fracasso, perdendo eleitores. E há também aqueles que simplesmente não têm condições de sustentar um debate.
Pesadelo para muitos
O fato é que os encontros deixaram de ser um debate de ideias e propostas e passaram a ser uma oportunidade de destruir o oponente. Isso rende momentos marcantes, como o clássico “farinha do mesmo saco”, hoje um meme nas redes sociais, entoado pelo então candidato a prefeito, Ramon Melo. As cabeças pensantes de dois oponentes, Yuri e Bomtempo — que disputam um lugar no segundo turno ao lado de Hingo — já estudam se vale a pena comparecer a um debate. E, caso decidam ir, qual seria a melhor estratégia.
Por WO
Apenas um voto pode eleger candidatos em 214 municípios nas próximas eleições municipais. Essas localidades registraram uma única candidatura para a disputa da prefeitura no pleito de 2024. De acordo com a lei, no pleito para os cargos do executivo, ganha quem receber a maioria dos votos válidos — excluídos brancos e nulos. No estado do Rio, a única cidade nessa situação é São José de Ubá, onde Gean Marcos concorre à reeleição. Ele tenta (será que vai conseguir?) seu terceiro mandato. Sua vice é Lília, esposa do ex-prefeito do município, José Hylen.
Só dois
Quase metade dos municípios brasileiros tem apenas dois candidatos a prefeito nas eleições deste ano. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, 5.496 candidatos concorrem diretamente ao cargo do executivo em 2.748 cidades, o que corresponde a 49% dos municípios do país. Esse percentual é o segundo maior desde 2000, quando 2.794 cidades tiveram apenas dois candidatos. A média populacional dessas cidades é de 12,7 mil habitantes.
Até agora, nada
A Câmara de Vereadores aprovou, há vários meses, a indicação para que a prefeitura coloque uma espécie de subsede da CPTrans em Itaipava, para atender aos distritos. Até agora, nada. Importante, além de ter o local — que seria o Parque — é levar também agentes. Porque, se for para instalar só uma repartição administrativa, nem precisa. O que o morador quer é controle do trânsito.
Pra virar lei
Algum vereador deveria abraçar a ideia de uma lei que obrigue a concessionária de água a oferecer, em tempo real, a situação de abastecimento na cidade nessa época de estiagem, até mesmo como forma de incentivar a população a economizar. Depois das eleições, porque agora estão ocupados fazendo campanha.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 125 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Déficit habitacional
Na série de entrevistas com os prefeitáveis, a Tribuna perguntou sobre o déficit habitacional da cidade e o que vão fazer para minimizá-lo. Nenhum dos candidatos — Bomtempo, Hammes, Yuri, Blog e Santoro — citou o número de pessoas em áreas de risco, que somam 72.070 habitantes, de acordo com o Ministério das Cidades, o que representa quase um terço da população.
Plano ainda sem revisão
Falando nisso, a revisão do Plano Municipal de Redução de Riscos e Movimentos de Massa, de 2017, deveria ficar pronta em fevereiro. Estamos em setembro e nada. Faltando três meses para o verão — se as chuvas não chegarem antes — para este ano já não vai dar mais para ser usado. O plano precisa ser revisto, porque a tragédia de 2022 mudou, com certeza, a configuração das áreas de risco do primeiro distrito.
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