De quanto é o rombo nas contas da prefeitura, afinal?
Então, o secretário de Fazenda e o Procurador foram à Câmara para em reunião com os vereadores explicar detalhes do orçamento 2025 e eis que os legisladores, que procuravam respostas sobre a crise do ICMS, ainda encontraram mais dúvidas sobre o déficit municipal? Aí, temos então questões a serem esclarecidas não apenas sobre o sobe e desce de ICMS e o rombo que causou, mas também sobre o déficit, por exemplo, no Inpas, que é o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. E isso tudo vai ser esclarecido em nota técnica que a prefeitura vai enviar para que a Câmara vote a LDO no dia 15?
Projeção de R$ 2 bilhões
Mas, vereadores… Não é só isso. Peçam ajuda a quem entende de finanças e se debrucem mais sobre o assunto. É necessário saber o rombo com exatidão. Vejam: em 2017, Rossi apurou que seria de quase R$ 800 milhões e chegou a pagar quase uns R$ 200 milhões de dívidas. Mesmo assim outras foram rolando e o bolo que devemos seria de R$ 1,1 bilhão, número de 2021 (divulgado pelo vereador Marcelo Lessa único que teve coragem de falar). Depois disso, calcula-se que tenha chegado a R$ 1,4 bilhão e com empréstimos (R$ 100 milhões para asfalto e R$ 241 para ônibus novos), mas o rolo que a prefeitura nos meteu com o ICMS, esse bolo é projetado em R$ 2 bilhões até 2028. É essa conta que precisa ser feita oficialmente.
Tudo sob controle
Mais do que isso: a gestão Bomtempo está batendo o pé e garantindo que não precisa de plano de contingência e que basta aumentar o ICMS que todas as contas ficam em dia. Está na cara que precisa, sim, de medidas duras de economia e bom uso do dinheiro público. Mesmo porque não tem nada a vista que faça o ICMS aumentar de forma mágica.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 61 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Balanço da Bauern
Estamos aguardando, curiosos, o balanço da prefeitura sobre a Bauernfest. Porque ano passado os números foram para lá de vitaminados. A prefeitura estimou 520 mil pessoas. Ocorre que a festa, mesmo cheia, não corresponde ao público registrado em 2017 e 2019, seus melhores anos e mesmo assim, estimava-se 400 mil pessoas. Como não ‘pode’ dizer que reduziu este ano, a prefeitura vai estimar mais do que o público de 520 mil do ano passado. Ou dizer que empatou. Vai vendo.
Mas quanto que foi?
A falta de transparência nas ações da prefeitura, até naquelas que são boas, é ímpar. Eis que a Bauern pode somar de aportes entre Caixa Econômica, Embratur e Secretaria de Estado de Turismo, R$ 510 mil em patrocínio. Falta ainda contabilizar quanto se apurou (porque era para ter apurado) com a marca exclusiva de chope sendo a Império e o quanto Águas do Imperador chegou junto. É informação pública e obrigatória. E passa batido como se não fosse.
Patrocinadores correm
Em anos anteriores, só o patrocínio do chope batia R$ 800 mil, mas a festa foi encolhendo, encolhendo. A situação do Natal Imperial, que deu um show de desorganização, é ainda pior: a Claro, que até 2022 vinha patrocinando com muito carinho, em mais de R$ 2 milhões, na edição do ano passado, depois do Natal anterior ter até mesmo inaugurado a árvore da Praça da Liberdade às vésperas do dia 25 de dezembro, não quis mais colocar sua marca atrelada à festa.
E agora?
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade que o Espaço do Feirante, na Souza Franco, uma casinha de apoio para estes profissionais, seria reformada. Na verdade, com R$ 65 mil era uma guaribada com uma demão de tinta, né? Começou em dezembro e sete meses depois nem está pronta. Como que os políticos vão iniciar suas campanhas apertando a mão dos feirantes, meu Deus?
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