• De 8 mil casas prometidas por Dilma e Cabral em 2011, Petrópolis teve 0 unidade

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  • 23/02/2022 02:51

    Na época da tragédia de 2011, Dilma e Cabral previram construir 8 mil casas nas cidades devastadas pela chuva. Em Petrópolis, seria em torno de 750. Mas aí a prefeitura petista, de olho na rapidez do governo federal, que era do PT, pediu para assumir as obras. O Estado deixou e acabou o mandato de Paulo Mustrangi e nada foi construído. As 50 casinhas do Vale do Cuiabá foram uma parceria com empresários. Em 2014, Bernardo Rossi, que era deputado, iniciou uma movimentação para devolver os terrenos, que lá em 2011 tinham sido arrumados ao Estado, mas o assunto andou a passos de cágado manco.

    776 unidades ficaram paradas em 2014

    Na gestão seguinte, de Bomtempo, ele anunciou o Vicenzo Rivetti, mas a obra acabou paralisada em 2014 e só retomada na gestão de Bernardo Rossi, em 2017. O conjunto com 776 unidades foi entregue, mas os problemas de vício de construção foram admitidos pela Caixa Econômica, responsável pelo empreendimento, que agora vai fazer novas obras. E assim pode ser contada em poucas linhas a história da falta de uma ação habitacional consistente para a cidade em 11 anos.

    Petrópolis esperou 10 anos

    O Estado fez pouco mais de 4,2 mil unidades na região serrana, a maioria em Teresópolis e Friburgo. Algumas delas como a da Granja do Disco, em Areal, de qualquer jeito. Lá, as unidades foram erguidas, mas não tinha nem saneamento básico. Mas alguma coisa fez, principalmente nas cidades vizinhas. Petrópolis, com uma articulação política errada, teve de esperar até 2020 pelo Vicenzo e aí o resto vocês já conhecem.  

    Vai que é tua, Castro!

    A expectativa é de que o governador Claudio Castro mate essa bola no peito e faça o que Cabral, Pezão e Witzel, seus antecessores, não realizaram. O primeiro passo, com garantia de aluguel social, foi dado e uma solução definitiva para quem ficou sem casa é a esperança de milhares.

    Em frente à portaria principal do Hotel Quitandinha existe uma unidade móvel do Senac, a Modo Pet, que é específica para os animais que sofreram com as chuvas. O serviço está dando banho em cães gratuitamente. A unidade vai funcionar até sexta-feira.

    Ué?

    Então nossos queridos vereadores anunciaram uma Frente Parlamentar para fiscalizar as ações das chuvas na cidade? Mas a função do vereador já não é fiscalizar? Precisa de uma frente para isso?

    Nada de CPI

    A gente também não pode deixar de notar que tão ávidos para promover Comissões Parlamentares de Inquérito assim que a nova legislatura assumiu, agora os vereadores não estão dispostos a abrir uma CPI das Chuvas para apurar causas e responsabilidades desta que é a maior tragédia de Petrópolis.

    Mais caos

    Os órgãos públicos reclamam de muitos carros nas ruas. De fato as pessoas que estão turistando pelas áreas atingidas deviam até ser presas pela inconsequência, mas o fato é que com menos ônibus, uma penca de ruas essenciais ainda sem estarem liberadas e o pessoal precisando trabalhar, o movimento aumentou e ainda vai crescer.

    Essa, não!

    No sábado, um morador aqui da cidade parou na antiga João Pessoa, ainda enlameada, e atravessou a rua para comprar fraldas na farmácia que fica ali, material que ele estava indo doar. Quando voltou o carro tinha sido multado! Gente! Mul-ta-do! Naquele pandemônio é sério que tinha alguém com bloco de multa ali? Não sei como ainda não tiveram a ideia de voltar com o estacionamento rotativo…

    Taí o carro do morador daqui multado pela parada em frente à farmácia para comprar fraldas. Mas e se fosse pane mecânica?

    Cerimônias

    Uma das histórias mais tristes nesta tragédia foi contada pelo padre Alan Rodrigues.  Há dois anos, em dezembro de 2020, ele celebrou o casamento de Sara Walsh, de 32 anos, e Bernardo Albuquerque. Neste sábado, padre Alan celebrou o sepultamento do casal, vítima das chuvas. 

    O clone

    O presidente da CPTrans é Jamil Sabrá. Porém, atolado em vídeos para as redes soci.., ops, quer dizer, em operações de trânsito, que ele arrumou um clone. O interino de Jamil é seu irmão, Bernardo Sabrá, que nem cargo tem na cia. Lá, estão dizendo que ele é ‘voluntário’, mas os funcionários estão por aqui com isso.

    Por partes

    E Bernardo Rossi anunciando que o aluguel social subiu para R$ 1.000,00 com o Estado passando agora a dar R$ 800,00. Mas deixou de dizer que R$ 200,00 são da prefeitura. Ô, bobo. Pode falar, que não interfere em nada, não. Fica até chique mencionar o adversário.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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