• Curta produzido por alunos do Cenip será usado em campanha estadual

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  • 09/04/2018 17:15

    Um vídeo produzido por alunos do curso técnico de Produção de Áudio e Vídeo do Colégio Estadual D. Pedro II será utilizado pelas secretarias estaduais de Educação e de Direitos Humanos para sensibilizar estudantes das 1.249 escolas da rede pública estadual do Rio de Janeiro sobre a importância do combate à intolerância religiosa. A exibição do trabalho faz parte das ações que serão realizadas na unidades de ensino com o objetivo de promover a discussão sobre o tema e conscientizar os alunos. 

    Além desse trabalho, serão produzidos outros vídeos de 5 minutos para exibição nas escolas, no YouTube e nas redes sociais. A ideia é, após a divulgação, fazer um debate sobre o assunto. Para o secretário de Educação, Wagner Victer, o diferencial é a linguagem dos vídeos. “Colocamos em uma linguagem de jovens e eles são produzidos pelos próprios alunos. É um ato novo. Muita gente faz discurso, mas na prática não produz nada. Esse é um exemplo concreto”, disse.

    O secretário de Direitos Humanos, Átila Alexandre Nunes, informou que nos últimos anos os casos de intolerância religiosa no Rio se agravaram com o uso da violência. Segundo Nunes, foi desenvolvido um trabalho em conjunto com a Secretaria de Segurança, entidades do terceiro setor e integrantes de diversas matrizes religiosas. “Esse trabalho deu resultado até na área de Educação – porque casos isolados ocorrem em escolas, tanto particulares quanto públicas. Este ano, não recebemos nenhum tipo de denúncia como no ano passado. Entendo que, principalmente a imprensa, desenvolveu um papel fundamental que foi expor os casos de intolerância religiosa e passou o recado de que a sociedade não aceitará isso no estado”.

    O presidente do Conselho Estadual de Promoção da Liberdade Religiosa do Rio de Janeiro (Coneplir/RJ), o babalorixá Márcio de Jagun, disse que dados da Secretaria de Direitos Humanos mostram quase 900 casos registrados entre 2017 e 2018. Esse grande número de notificações pode ser explicado, de acordo com ele, pelo maior esclarecimento sobre a intolerância religiosa. “As pessoas estão se acostumando a denunciar, estão entendendo que isso é crime, coisa que não acontecia. Nós vivemos 500 anos de intolerância religiosa sem que o cidadão se desse conta de que isso constitui crime, agressão à dignidade humana. Agora, isso está sendo trabalhado, então há certa tendência, por esse motivo, que os registros aumentem”, observou.

    Link para o curta: https://www.facebook.com/seeducRJ/videos/2047853018827993/

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