Cultura: confira o que foi realizado em 2017 e o que está na agenda da cidade para 2018

Em entrevista à Tribuna de Petrópolis o diretor-presidente do Instituto Municipal de Cultura e Esportes, Leonardo Randolfo, fez um balanço das ações realizadas ao longo de 2017, ano em que assumiu o cargo. Ele, que também é maestro, pontuou os principais feitos no período. Entre eles, está a reformulação do Coral Municipal de Petrópolis, a criação do edital de ocupação do Theatro D. Pedro, o Natal Imperial, a descentralização da Bauernfest, o edital de ocupação do Centro de Cultura Raul de Leoni e a restauração do Painel Djanira. 

A “menina dos olhos” de Randolfo é a reformulação do Coral Municipal de Petrópolis, que neste mês de dezembro fez um concerto especial no Theatro D. Pedro. Reformulado através de concurso para escolha de um novo regente e de 24 novos cantores, o coro iniciou um novo tempo em sua história de 41 anos. 

“Estudamos vários formatos para a reestruturação do Coral. Foram meses de enquadramento da realidade financeira e administrativa”, comenta. 

Após uma seleção, o maestro Marco Aurélio Lischt foi escolhido para reger o grupo e pretende o colocar entre os melhores coros de câmara do país. 

“Atualmente todos os cantores têm carteira assinada e podem se dedicar com mais vigor ao projeto. Este é o único corpo artístico do município e se Petrópolis é a cidade dos corais, este projeto não poderia ficar parado”, acredita Leonardo, que segue falando sobre o edital de ocupação do Theatro D. Pedro. 

Com este edital, o IMCE democratizou o uso do espaço com uma seleção baseada em critérios técnicos, artísticos e documentais. O resultado foi a aprovação de 70 projetos para ocupação de maio a novembro. 

Após um período sem obras de manutenção e revitalização, o espaço será reformado a partir do primeiro semestre. O projeto prevê melhoria da estrutura e a reconstrução do anexo já existente que abrigará salas para atividades culturais, como a sala de ensaio do Coral Municipal de Petrópolis e uma sala de dança multifuncional, que servirá para corpos artísticos diversos e futuros projetos.

“A previsão é que o Theatro D. Pedro seja reinaugurado no segundo semestre de 2018”, informa o diretor de cultura. 

Por falar em edital, este ano ocorreu também o edital de ocupação do Centro de Cultura Raul de Leoni, visando a democratização do uso deste espaços públicos. 

“Construímos um regimento interno de cada sala para criterizar as atividades e todos aqueles que se inscreveram conseguiram espaço para apresentarem seus trabalhos. Três editais já ocorreram e para o próximo ano já tem um aberto”, sinaliza. 

Unindo poder público e iniciativa privada, o Instituto Municipal de Cultura e Esportes promoveu o Natal Imperial com o Túnel de Luz na Rua 16 de Março; a Vila Imperial, na Praça da Liberdade; o Doce Natal, no Palácio de Cristal; a Parada Iluminada, na rua do Imperador; a iluminação natalina no Centro Histórico e programação cultural do centro até os distritos. Para Leonardo Randolfo este é mais um fato marcante de 2017. 

“Não tenho dúvidas de que este foi o maior Natal que a cidade já teve. Ainda estamos fechando os números, mas o fluxo de turistas nunca foi tão alto nesta época do ano”.

Para o diretor-presidente do IMCE, a descentralização da Bauernfest também foi de grande valia para a cidade. Somente este ano mais de 320 mil pessoas viveram a cultura germânica em 10 dias de festa. 

“A grande sacada foi a descentralização da festa com a criação de quatro palcos oficiais: Praça da Liberdade, Praça Visconde de Mauá, com edição especial da Deguste, e o Clube Petropolitano. Com isto o circuito à pé foi consolidado e, para as próximas edições devem haver mais ampliações’. 

Outro ponto que Randolfo faz questão de frisar é o restauro do Painel Djanira, que foi possível por meio de uma parceria entre o IMCE, o IPHAN e o Museu Histórico Nacional. 

“Nos foram cedidos técnicos do Museu Nacional do Rio para esta restauração. Já fizemos todo o levantamento do material necessário e logo no início de 2018 iremos iniciar a reforma, que está prevista para terminar no segundo semestre. Assim o painel retorna ao seu lugar de origem: o Liceu Municipal”, conclui Leonardo Randolfo.