• Cuba se prepara para chegada de furacão em meio a recuperação de apagão elétrico

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  • 20/out 19:00
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    Após uma segunda noite de apagão quase total, Cuba corre contra o tempo neste domingo, 20, para se preparar para a chegada iminente do furacão Oscar no leste da ilha.

    O furacão Oscar se move pelo Caribe a cerca de 19 km/h, com ventos de até 130 km/h. Às 9 horas de Brasília, estava a cerca de 185 km de Guantánamo, segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

    O alerta de furacão continua em vigor para o sudeste das Bahamas e para a costa norte das províncias cubanas de Holguín e Guantánamo, no leste.

    O furacão chega a Cuba em plena crise energética. Os cidadãos de Cuba passaram duas noites sem luz devido a uma pane na sexta-feira, 18, na principal termelétrica de Cuba que causou o colapso da rede.

    O governo cubano anunciou que parte da eletricidade foi restaurada no país na noite de sábado, 19, mas o apagão continua em algumas regiões, como na capital do país, Havana.

    O presidente de Cuba, Miguel Díaz Canel, disse no sábado, 19, em uma publicação na rede social X, antigo Twitter, que “trabalhos estavam em andamento para proteger as pessoas e os recursos econômicos, dada a iminência do furacão Oscar”.

    Dificuldade

    O apagão foi considerado o pior em Cuba em dois anos, depois que um furacão de categoria 3 danificou instalações de energia e levou dias para o governo consertá-las. Este ano, algumas casas passaram até oito horas por dia sem eletricidade.

    O impacto do apagão vai além da iluminação, uma vez que serviços como o abastecimento de água também dependem de eletricidade.

    As pessoas recorreram a cozinhar em fogões a lenha improvisados nas ruas antes que a comida estragasse nas geladeiras.

    Em lágrimas, Ylenis de la Caridad Napoles, mãe de uma menina de 7 anos, diz que está chegando a um ponto de “desespero”.

    Cuba atravessa uma crise com falta de alimentos, remédios e apagões crônicos que limitam o desenvolvimento das atividades produtivas, além de uma inflação galopante nos últimos anos.

    “Este apagão dificultou muito a vida dos cubanos. A situação é muito difícil, mas tento manter a calma, porque já existe muito estresse neste país”, disse à AFP Yaima Valladares, uma dançarina de 28 anos.

    O governo cubano anunciou medidas de emergência para reduzir a procura por eletricidade, incluindo a suspensão de aulas em escolas e universidades e o cancelamento de serviços não essenciais. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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