• Cristo, Presença Viva e Real

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  • 28/maio 08:00
    Por Fernando Costa

    A Santa Igreja é a mãe, acolhe e ensina porque é mestra.

    Em seu magistério apresenta-nos durante o ano litúrgico primoroso caminho sinodal.

    É a comunidade de todos os batizados, o “santo Povo de Deus,” enriquecido por muitos dons, crismas e capacidades a serem colocados a serviço do Evangelho e da ajuda de uns pelos outros.

    A partir da Ressurreição do Senhor passamos ao período Pascal.

    A seguir, a celebração da Ascensão do Senhor, o dia consagrado à Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, a Santíssima Trindade e Corpus Christi.  

    O dia consagrado a Corpus Christi não se resume a mais um feriado que cai justamente numa quinta-feira possibilitando-nos emendá-lo à sexta-feira, sábado e domingo.

    Sabemos que é muito mais que isso.

    É uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Jesus Cristo na Eucaristia.

    Corpus Christi, expressão latina que significa o Corpo de Cristo.

    É celebrada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, conforme referido no preâmbulo desta perfunctória síntese, pois, a exaltação ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo ocorre justamente no domingo seguinte ao de Pentecostes. 

    É uma festa de preceito, portanto obrigatória a nossa presença à missa nesse dia.

    Além das celebrações Eucarísticas nos Templos tem como ponto alto a procissão conforme recomenda o artigo 944 do Código de Direito Canônico e normalmente é presidida por Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo Diocesano, em Petrópolis, este ano será conduzida por Sua Excelência Reverendíssima Dom Joel Portella Amado. 

    O objetivo principal das celebrações é “testemunhar publicamente a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tanto que nessas ocasiões o Bispo só se ausenta da Diocese somente por causa urgente conforme estabelece o artigo 395 do C.D.C. A origem da solenidade remonta do Século XIII e foi instituída pelo SS. Papa Urbano IV através da Bula “Transiturus” de 11 de agosto de 1264.

    A igreja Católica realça a presença real de Cristo no pão consagrado.

    A Eucaristia é um dos sete Sacramentos instituídos por Jesus Cristo na última Ceia quando Ele elevou os olhos aos céus e pronunciou: Hoc est enim corpus meum ou seja, “Isto é o meu corpo”. A seguir tomou o cálice em Suas mãos e disse: Hic est enim sanguinis mei, novi et aeternit testamenti, mysterium fidei, qui pro vobis et pro multis effundetur in remissionem pecatorum ou  seja, “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por Vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”.

    Eis o mistério da fé! A Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa.

    Na maioria das Cidades, isto é, normalmente onde a procissão passa as ruas são ornamentadas, a exemplo de Petrópolis e tem a maciça de todo o povo de Deus, em viva demonstração de religiosidade, fé e arte.

    Esta celebração foi instituída com o principal objetivo de prestar as mais excelsas honras a Jesus Cristo, pedindo-o perdão pelos ultrajes cometidos pelos ateus, protestar contra as heresias dos que negavam a presença de Deus na Hóstia Consagrada.

    Desde o Brasil Colonial temos aqui as celebrações de Corpus Christi, trazida pelos irmãos portugueses e espanhóis.

    Que nós, Cristãos manifestemos em nossos corações e gestos o respeito à Dignidade de Jesus Cristo na Eucaristia, cumprindo o preceito participando da Sagrada Eucaristia, fazendo de nossa vida um apostolado como Cristo ensinou e principalmente nesse dia à passagem do cortejo, preparemos pétalas de flores, arremessamos com alegria e devoção, enfeitemos nossas, sacadas, portas, portões, fachadas, jardins, grades, janelas, com toalhas e  símbolos religiosos em reverencia e gratidão a Nosso Senhor Jesus Cristo que através  do abraço à cruz nos redimiu e por testamento nos deu a mãe Maria Santíssima. 

    Em desagravo a nossos pecados, ingratidão e limitações humanas celebrem-se com fervor e de coração sincero a presença viva e real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia.

    Oportuno é agradecermos o fim da pandemia, das chuvas em Petrópolis que destruíram grande parte do Centro Histórico, a restauração das áreas afetadas, mas, dobrarmos os nossos joelhos em súplicas a que o Rio Grande do Sul supere as dificuldades, conforte as inúmeras famílias que perderam suas casas e pertences.  Bênçãos e proteção ao povo gaúcho e aos brasileiros em geral, unidos em solidariedade.

    Ajoelhemo-nos e supliquemos ao Pai, saúde, compreensão, equilíbrio e serenidade ao povo e governantes. 

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