Crise no transporte: sem pagamento integral dos salários, funcionários da Turb ameaçam paralisação
Funcionários da empresa Turb tiveram os salários reduzidos neste mês. O Sindicato dos Rodoviários informou que foram feitas diversas denúncias sobre a redução no pagamento do último mês, inclusive a cesta básica que foi cortada pela metade. O Sindicato disse que a empresa ainda não deu data para fazer a regularização, e caso não tenha uma resposta até a próxima segunda-feira, dia 10, no dia seguinte será feita uma paralisação de todos os funcionários da Turb.
“Enviamos um ofício formal a empresa exigindo uma resposta imediata sobre a regularização de tal situação. Infelizmente a resposta da empresa foi de que não tem ainda uma data para fazer os acertos tanto de salários como de cesta básica”, informou por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Rodoviários Edison de Oliveira.
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O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) emitiu uma nota informando que “a grave crise econômica e financeira que atinge a empresa e o sistema de transporte, desde o fim do mês de março deste ano, está impedindo a mesma de honrar com seus compromissos mais elementares, como arcar integralmente com os custos da folha de pagamento de seus colaboradores, realizar pagamentos de fornecedores de peças e risco eminente de não ter recursos para compra de óleo diesel para a circulação dos ônibus”.
Segundo a empresa, vem tentando diálogo com a Prefeitura e a CPTrans, desde abril, em busca de redução de custos operacionais ou para encontrar uma alternativa de custeio para as despesas elementares para a operação dos ônibus, mas até o presente momento, nenhum dos ofícios encaminhados à Prefeitura e à CPTrans foram respondidos. “Sem qualquer resposta ou ajuda, com queda de mais de 50% na demanda de passageiros e sem redução dos custos na mesma proporção, a situação se tornou insustentável e a operadora se viu obrigada a adotar o pagamento parcial dos vencimentos de seus colaboradores, situação jamais vivenciada por nenhuma empresa de todo o grupo que a Turb Petrópolis faz parte”.
“Essa é a pior situação possível para uma empresa, quando falta recurso para pagamento integral dos funcionários e acúmulo de dívidas com fornecedores. É indicativo de que caminhamos para o colapso de um serviço essencial”, disse Jean Moraes, diretor da Turb Petrópolis.